Uma análise de The End of the F***ing World
Por Amanda Dettman, Anna Bárbara e João Pedro Corrêa.
The End of the F***ing World é uma série dramática baseada nos quadrinhos homônimos do estadunidense Charles S. Forsman. Teve sua estreia inicial no Reino Unido pelas redes televisivas Channel 4 e All 4 (em 24 de outubro de 2017) e foi lançada posteriormente, de forma internacional, pela Netflix (em 05 de outubro de 2018). Atualmente, a série já se encontra finalizada e conta com 2 temporadas (de 8 episódios cada).
Game of Thrones – Análise da TV Complexa
Por Tainara Calassa e Guilherme Piterman.
Pensem em toda a revolução tecnológica que vivemos nos últimos anos: o surgimento de novos equipamentos, a internet e as redes que possibilitaram fóruns, facilitando encontro de fãs; o surgimento das plataformas de streaming mudando a forma como consumimos conteúdos. Pensem como isso impactou diretamente nos produtos audiovisuais, já que os realizadores têm hoje feedback quase imediato dos fãs.
Euphoria: A reinvenção do drama adolescente da geração Z
Por Daura Campos, Isabel Lisboa e Mirella Silluzio.
As personagens são esféricas, ou seja, complexas. Há protagonistas e antagonistas, mas não mocinhos e vilões. Euphoria, série da HBO, traz à narrativa nuances presentes nas relações do mundo real, levando o espectador a se conectar não somente com o texto da obra, mas também com a forma com que as personagens lidam com estes conflitos.
Crítica da TV Complexa: Chernobyl
Por Arthur Greggio Ramos Ferreira, Gabriel Brescia De Miranda Leão Do Amaral e João Pedro Oliveira Diniz.
A minissérie Chernobyl (2019), criada por Craig Mazin, dramatiza os eventos acontecidos em torno do acidente ocorrido em 25 de abril de 1986 na Usina Nuclear de Chernobyl, revelando os esforços, acertos e erros da população e das autoridades da época que buscava mitigar os danos catastróficos decorrentes do acontecido. A produção ganhou prêmios bastante expressivos, como o Prêmio Emmy do Primetime: Melhor Minissérie; Prêmio Globo de Ouro: Melhor Minissérie ou Filme Feito para TV; e Satellite Award de Melhor Minissérie, além de diversos outros como os de melhor ator coadjuvante, melhor roteiro, melhor direção e, melhor direção de fotografia.
A complexidade narrativa e artística de Hannibal
Por Carolina Gonçalves Braga, Júlia Sales Cordeiro Araújo e Nathália Oliveira Fialho Vieira.
Hannibal é uma série baseada em personagens e aspectos dos livros Red Dragon (1981) e Hannibal (1999) de Thomas Harris, adaptada para a televisão por Brian Fuller e estreada em 2013 pela NBC. A narrativa conta a história de Will Graham, analista comportamental do FBI que possui uma habilidade descrita como “sensibilidade empática”, que permite que ele analise cenas do crime do ponto de vista dos próprios criminosos. Ao longo da primeira temporada, podemos acompanhar a trajetória de Will, representado em constante luta em função da estabilidade psicológica e do entendimento das relações com os outros, mas que acaba se perdendo ao deixar seu dom comprometer sua sanidade.
Narrativas Seriadas – Crítica da TV Complexa
Por Giovanna Ribeiro, Luma Calegari, Sofia Gastelumendi.
The Good Place é uma série estadunidense, em formato sitcom, que narra a história de Eleanor Shellstrop (Kristen Bell), recebida após a morte no ‘Good Place’, um lugar seletivo e semelhante ao Paraíso. O lugar foi construído pelo arquiteto Michael (Ted Danson) após a morte, como recompensa por ter tido uma vida injusta. No episódio piloto, descobrimos que Eleanor, mulher egocêntrica e sem um pingo de ética, percebe rapidamente que estava no Good Place por engano. Enquanto tenta esconder o erro de Michael e de sua assistente, Janet, sua ‘alma gêmea’, Chidi, e seus vizinhos, Tahani e Jason, a ajudam a abandonar seu comportamento moralmente imperfeito e se tornar uma pessoa melhor e mais ética, para assim ganhar seu lugar no mundo perfeito.
The Flight Attendant: Uma viagem sobre as temporalidades narrativas e o limite humano
Por Bruna Oliveira, Júlia Horta e Rafael Couto.
The Flight Attendant, série disponível na plataforma de Streaming HBO MAX, conta a história de Cassie (Kaley Cuoco), aeromoça alcoólatra, que não consegue enxergar sua condição e que tem problemas familiares. Após uma das escalas de vôo, acorda ao lado do corpo sem vida de Alex Sokolov (Michiel Huisman), homem com quem passou a noite. A partir disso, a vida de Cassie se transforma em uma jornada de mistérios, segredos, medo e uma busca pela verdade. A série é um thriller, com alguns momentos cômicos, que cumpre muito bem o seu papel, inserindo o espectador dentro do quebra-cabeça vivido por Cassie. O público descobre o rumo da história juntamente com a protagonista e é conduzido profundamente para o momento frenético e desesperado vivido por ela.
Bandidos na TV – uma desconstrução da verdade
Por Lucas Tavares Mendes,Tobias Cazarini Trotta e Victor Flávio Carvalhais Barroso Lacerda.
A série documental Bandidos na TV, da Netflix, conta a ascensão e queda de Wallace Souza, um homem controverso, apresentador de um programa de televisão popular que se torna o deputado mais votado do estado do Amazonas até ser acusado de chefiar um esquema de assassinatos macabros que seriam exibidos em seu próprio programa, um dos crimes mais bárbaros da TV brasileira. Durante os sete hipnotizantes episódios, que têm em média 50 minutos, acompanhamos revelações e diferentes facetas e versões de Wallace que constroem com êxito uma história sordidamente fascinante.
Sex Education: série busca a diferença
Por Ana Luiza Coelho Rocha, Tainara Batista Calassa e Vitória Muniz Ferreira.
Diferentemente de algumas séries teen, Sex Education é repleta de representatividade, e isso faz com que os seus espectadores se identifiquem com as personagens e se reconheçam na obra audiovisual.
WandaVision: uma série sobre o luto
Por Marcos Vinícius Correia de Oliveira, Sofia de Campos Marinho Diniz e Yuri Hermann Soares Viana Costa.
O que fazer quando se perde alguém que se ama? Bom, se você for tão poderoso quanto Wanda Maximoff, pode ser que a resposta para essa pergunta seja simples: trazê-la de volta à vida. Se, por um lado, esse possa ser o sonho de muitas pessoas, por outro, havemos de certificar que não há nada de simples nessa situação. “WandaVision” é retrato disso. A dor do luto que permeia as decisões de Wanda (Elizabeth Olsen) resulta em ações extremas, desde reviver o marido sintezóide (Paul Bettany), morto no longa-metragem “Guerra Infinita” (2018), até criar o que chamaram de “Hex” em volta de uma cidade inteira, alterando a realidade e a vida daqueles que ali moravam ao seu bel-prazer.
Os problemas do biográfico em A Vida e a História de Madam C.J. Walker
Por Clério Dornell, Júlia Tonelli e Ruthyelle Idaldo.
Sarah Breedlove, brilhantemente interpretada por Octavia Spencer, constrói sua jornada junto de sua filha A’Lelia (Tiffany Haddish) e de seu marido C.J. Walker (Blair Underwood), saindo de um trabalho precário de lavadeira, para a venda de produtos capilares concorrentes com o de sua rival Addie Monroe (Carmen Ejogo). Todavia, o recorte abrangente da miséria à ascensão, lotado de personagens, prejudica a narrativa de A Vida e a História de Madam C.J. Walker, sintetizada em apenas quatro episódios e disponível na plataforma Netflix.
Lupin e a dissonância da moral
Por Gabriel Pinto da Cunha Gomez Werneck, Isa Assumpção Godinho e Sarah Hellen Santos de Souza.
Ao encararmos uma narrativa clássica, vamos nos deparar diversas vezes com tramas maniqueístas, o mundo se dividindo em duas únicas possibilidades e todos os personagens ali imersos possuem apenas duas escolhas: ser herói ou vilão da história. É intrigante, porém, quando tal premissa pode ser quebrada, colocando os personagens em uma balança que só pode ser medida pelo espectador, proporcionando, então, um charme à narrativa inegável ao se observarem personagens dúbios que nos fazem questionar constantemente nossa própria moral.
A Representação Feminina em O Gambito da Rainha
Por Beatriz Xavier, Helenna Dias e Sarah Cafiero.
A minissérie de ficção O Gambito da Rainha (2020), baseada no livro homônimo de Walter Tevis, narra a trajetória de Beth Harmon da infância em um orfanato até se tornar a primeira campeã mundial de xadrez. Ainda aos 9 anos, a protagonista é apresentada ao jogo pelo zelador do orfanato onde mora e já demonstra um raciocínio excepcional. Por volta dos 13, Beth é adotada e começa a participar de competições oficiais. Enfrentando o machismo e o vício em substâncias, ela persiste estudando e derrotando seus oponentes até o Campeonato Mundial de Xadrez.
The Wilds (Vidas Selvagens)
Por Sarah Streicher.
The Wilds é uma série estadunidense adolescente de drama sobre um grupo de garotas que está a caminho de um fim de semana em um retiro para mulheres no Havaí, o “Despertar de Eva”. Nesse meio tempo, o avião que as transportava cai e elas acabam em uma ilha deserta.
A Inovação Dentro de um Clichê
Por Bruna Sanches, Paulo Soares, Tamires Mazurega.
Dash & Lily é uma série, baseada nos livros “Dash & Lily’s Book of Dares” escritos por David Levithan e Rachel Cohn, que conta a história de amor inusitada de dois adolescentes que são o completo oposto um do outro, mas que se assemelham em suas particularidades que os fazem únicos. Lily é uma garota apaixonada pelo Natal, que carrega o estereótipo de “esquisita” desde pequena, principalmente pela maneira de se vestir. Dash é um garoto que odeia o natal e é julgado por seus amigos por ser “intelectual demais”. E ambos são resistentes às coisas típicas da adolescência, porém por motivos diferentes que compõem suas personalidades.
O Tango dos Bulls
Por Nicholas Correa, Renan Eduardo e Rodrigo Sampaio.
Em dez episódios de cinquenta minutos, The Last Dance, série documental dirigida por Jason Hehir, fala da dinâmica e das transformações do Chicago Bulls desde a entrada até a saída de seu jogador de maior destaque, Michael Jordan; um período que começa em 1984 e termina em 1998. Diante das incertezas difundidas pela mídia e que rondam a equipe dos Bulls sobre a performance do grupo antes de uma grande reformulação do elenco, acompanhamos um time 5 vezes campeão da NBA e que tenta uma última coroação apesar do desgaste físico e mental de seus atletas.
A Memória da Mansão Bly
Por Antonio Pedroni, Caio Braga, Nicolas Braga.
A Maldição da Mansão Bly, criada por Mike Flanagan, é a sequência antológica de A Maldição da Residência Hill, de mesma autoria. Adaptação do livro A Volta do Parafuso, de Henry James, Bly segue a ideia de Hill, que foi adaptada do romance A Assombração da Casa da Colina, de Shirley Jackson. As séries são unidas não só pelo gênero terror em si, mas pelo modo como a sua linguagem é explorada para contar as histórias e produzir sensações. Existe uma presença fantasmagórica constante e isso se dá de maneira literal: fantasmas assombrando casas; e de maneira não literal: uma memória ou sentimento que persegue cada personagem. Essa palavra, memória, também faz parte do âmago das narrativas e, especificamente em Bly, há, inclusive, a opção pela estética do flashback contínuo.
Um brinde ao presente. Amor e Sorte surpreende com linguagem simples e criatividade na produção
Por Ana Flávia Barbosa; Nicolle Gonçalves; Pamella Tomich; Rebeca de Castro.
A gente nunca se livra do agora. Pode até se livrar do que foi, procurar esquecer e ressignificar. Podemos também tentar criar artimanhas para evitar o futuro, mas para o agora, não há fuga. Amor e Sorte, série de tevê exibida às terças-feiras pela Rede Globo no período de 8 a 29 de setembro, brinda o agora. Os episódios de, em média, 30 minutos contam histórias e desafios de pessoas que passaram a quarentena juntas, confinadas.
Crítica à série Law & Order
Por Janaina Oliveira e José Aparecido Ribeiro.
A série Law & Order é atualmente exibida pela TV Band aos sábados, a partir das 23h. Trata-se de um clássico do conhecido diretor Dick Wolf, no ar há mais de 20 anos. Na TV aberta do Brasil, a série tem conquistado fãs, sendo uma boa opção para quem não possui TV a cabo e nem é assinante de plataformas de streaming. A série de investigação ganhou, desde o dia 30 de maio de 2020, exibições semanais na TV Band às 23h dos sábados. Com o apelo de ser uma série de investigações especiais, o público da emissora cresceu e tem conquistado a faixa dos 50 anos, segundo o site Tecmundo.
All or Nothing: Manchester City – Os personagens de uma conquista
Por André Tolomelli; Gabriel Tameirão; Guilherme Henrique; João Victor Del Rio.
“All or Nothing (“Tudo ou Nada”): Manchester City”, disponível na Amazon Prime, é uma série documental que segue o clube inglês pelos bastidores do título da Premier League, durante a temporada 2017-2018. A série mostra as emoções vividas pelos jogadores, pelo clube, por funcionários e pela comissão técnica em um cenário de pressão sob o rico elenco dos Blues e o técnico Pep Guardiola, icônico treinador da história do futebol.
Da perfeição aos caos: Spin Out traz nuances de um amor à patinação e problemas mentais e sociais
Por Amanda Santos; Clara Passos; Lara Pereira.
Lançada pela Netflix, o seriado americano Spin Out (originalmente, Spinning Out) gira em torno de Kat Baker (Kaya Scodelario), uma promissora patinadora no gelo que vê seu sonho olímpico ir por água abaixo após uma queda terrível durante uma competição. Depois de passar por uma cirurgia no crânio em decorrência do acidente, ela convive com um trauma que a impede de seguir em frente, enquanto também precisa encarar uma família complicada, um novo parceiro, e um grande segredo, que ela tenta manter a sete chaves.
Anne with an E – Crítica da 1ª temporada
Por Gustavo Macedo; Julia Greinert; Letícia Mattos; Pedro Jellinek.
Anne with an E é uma produção e adaptação da Netflix em parceria com o canal canadense CBC, baseada nos livros de 1908 Anne de Green Gables, escrito por Lucy Maud Montgomery. A série conta a história de Anne Shirley (Amybeth McNulty), garota órfã de 13 anos que foi enviada por engano para a casa de Marilla (Geraldine James) e Matthew Cuthbert (R.H. Thomson). Os irmãos, que inicialmente haviam pedido a guarda de um garoto para ajudar na fazenda, recebem Anne, que por sua vez fica eufórica ao saber que será adotada. A jovem já no primeiro episódio exibe muito bem a sua personalidade peculiar: ela fala sem parar, utiliza um vocabulário difícil que aprendeu lendo livros, é muito imaginativa e deslumbrada com a vida, além de não esconder seu anseio por finalmente ser parte de uma família.
Um espectro de possibilidades
Por Debora Drumond.
Podia ser só mais uma série sobre relacionamentos na juventude como tantas outras que fazem sucesso hoje em dia, mas Amor no Espectro tem uma proposta diferente e é bem mais do que um reality show sobre pegação em um cenário paradisíaco. Disponibilizada na Netflix em julho deste ano, a série documental apresenta a busca pelo amor de onze jovens adultos autistas. Em cinco episódios, conhecemos um pouco mais sobre o universo do espectro autista, enquanto acompanhamos a jornada de jovens que estão em busca de seu primeiro relacionamento amoroso – Olivia, Chloe, Mark, Michael, Maddi, Andrew e Kelvin –, e também dois casais que já estão juntos há algum tempo – Thomas e Ruth, e Jimmy e Sharnae.
“Love, Death + Robots”: sobre paradoxos, tristeza e algum futuro
Por Clara Mariz; Esther Armanni; João Pedro Junqueira; Pedro Chimicatti.
“Love, Death + Robots” é uma série antológica de animações adultas produzida pela Netflix, lançada em 2019. Produzida por Joshua Donen, David Fincher, Jennifer Miller e Tim Miller, a série conta com a construção de narrativas completas em episódios curtos (de 8 a 17 minutos), sempre tratando os temas com abordagem futurista.
Anne With An E: questões socioculturais através dos séculos
Por: Bruna Silveira, Júlia Grego, Kívia Morrana e Luísa Dell Isola.
“Não é o que o mundo tem pra você, é o que você traz ao mundo”. Essa frase, dita durante um dos episódios, caracteriza não somente os ensinamentos que os personagens vivem no decorrer da série, mas também o legado deixado para os telespectadores que acompanharam Anne With An E.
Uma narrativa nada ortodoxa
Por Francielle Laudino; Henrique Perez; Júlia Bahia; Lívia Rigueira.
A minissérie dramática “Nada Ortodoxa”, cujos quatro episódios foram disponibilizados na Netflix em março deste ano, foi inspirada no livro “Não ortodoxa: A escandalosa rejeição das minhas origens hassídicas” de Deborah Feldman. A minissérie conta a história de Esty Shapiro, uma jovem de 19 anos que vive em uma comunidade judaica em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Abandonada pela mãe e com pai alcoólatra, Esty acabou sendo criada pelos avós e pela tia, que eram extremamente rigorosos com as tradições religiosas. Devido a um arranjo familiar, a garota é obrigada a se casar com o judeu Yakov Shapiro.
TV Complexa
Apresentamos a mais nova parceria do CCM, desta vez, com o curso de Jornalismo do campus Coração Eucarístico! A TV Complexa é uma iniciativa produzida na disciplina de Jornalismo Cultural, do oitavo período, ministrada pelo professor Márcio Serelle. O projeto visa abrir espaço, dar visibilidade e difundir produções textuais dos alunos da graduação. Fique atento às críticas culturais que serão publicadas aqui!