Análise do curta “Estás vendo coisas”
Um curta experimental que aborda os bastidores da criação artística e desconstrói a glamorização em torno do ofício.
Um curta experimental que aborda os bastidores da criação artística e desconstrói a glamorização em torno do ofício.
José Mojica Marins, diretor e intérprete de Zé do Caixão, o maior ícone do terror brasileiro, já dizia que “Nós somos o país das superstições”. Em um país com um folclore tão rico e lendas urbanas locais que são passadas entre gerações (Loira do Bonfim em Belo Horizonte, a Moça do Táxi em Belém, os acontecimentos sobrenaturais no Edifício Joelma em São Paulo…), é impensável que o gênero de terror não fosse vingar no cinema nacional.
Quintal (2015) de André Novais, se apresenta, num primeiro momento, de forma tranquila e familiar. Acompanhamos um casal de idosos em sua rotina diária. Nota-se a simplicidade da produção, assim como a simplicidade dos personagens.
Lavra (2021), filme dirigido por Lucas Bambozzi, conta a trajetória de Camila, uma geógrafa, que retorna à sua terra natal depois que o rio de sua cidade é contaminado em decorrência de um grande crime ambiental, provocado por uma mineradora.
O filme A entrevista (1966), de Helena Solberg, funciona como uma lupa para a condição feminina de seu tempo, evidenciando, não obstante, um pensamento conservador ainda presente na atualidade. Na obra, seleciona-se depoimentos de mulheres sobre as supostas características da feminilidade nos anos 1960, de forma a tensionar papéis sociais e identidades fixas.
Apesar de defender que Ana Carolina já filmava, Helena Solberg ficou conhecida como a primeira e única mulher entre os diretores do Cinema Novo no Brasil. Sua trajetória nos ajuda a compreender, num primeiro momento, sua identidade cinematográfica e o dilema que enfrentou: de seguir carreira profissional ou dedicar-se integralmente à família.
Essa semana publicamos no blog duas resenhas criticas sobre a obra Maioria Absoluta de 1964. Esses textos fizeram parte da seleção de novos monitores do CCM e são de autoria de dois dos selecionados.
A cada exibição, Ilha das Flores (1989) se consolida cada vez mais como uma das realizações audiovisuais mais polidas do documentarismo brasileiro. Eleito em 2019 como “o melhor curta-metragem brasileiro da história” pela Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), o filme escrito e dirigido por Jorge Furtado destrincha a complexa existência do ser humano em uma sociedade capitalista, recorrendo a uma estratégia única: o diretor faz uso dos parâmetros e símbolos das linguagens publicitária e documental para confeccionar um produto que retorce a realidade e coloca a noção comum de “verdade” em xeque.
Por Beatriz Xavier e Sarah Cafiero. Desde os primórdios do cinema, existem mulheres interessadas em realizar filmes, mas, ainda hoje, toda vez que é lançado um filme cujo número de mulheres na equipe supera o de homens, a iniciativa é aplaudida como novidade. O que pouco se comenta é que esforços desse tipo vêm sendo…
Por Júlio Martinez. Em Estou Me Guardando Para Quando o Carnaval Chegar (2019) Marcelo Gomes (diretor de Era Uma Vez Eu, Verônica e Joaquim) retorna a Toritama, cidade em que costumava ir com seu pai quando criança, localizada no agreste de Pernambuco. Atualmente, o município é conhecido por ser a capital do jeans e seus moradores se encarregam de cerca de 20%…