Mulher, uma perspectiva

O filme A entrevista (1966), de Helena Solberg, funciona como uma lupa para a condição feminina de seu tempo, evidenciando, não obstante, um  pensamento conservador ainda presente na atualidade. Na obra, seleciona-se depoimentos  de mulheres sobre as supostas características da feminilidade nos anos 1960, de forma a tensionar papéis sociais e identidades fixas.

O pioneirismo de Helena Solberg em A Entrevista

Apesar de defender que Ana Carolina já filmava, Helena Solberg ficou conhecida como a primeira e única mulher entre os diretores do Cinema Novo no Brasil. Sua trajetória nos ajuda a compreender, num primeiro momento, sua identidade cinematográfica e o dilema que enfrentou: de seguir carreira profissional ou dedicar-se integralmente à família.

Maioria Absoluta

Essa semana publicamos no blog duas resenhas criticas sobre a obra Maioria Absoluta de 1964. Esses textos fizeram parte da seleção de novos monitores do CCM e são de autoria de dois dos selecionados.

Exposição do absurdo em Maioria Absoluta

Uma das últimas frases narradas por Leon Hirszman no final do documentário Maioria Absoluta é: “Eles dão ao país a sua vida e os seus filhos, e o país o que lhes dá?”. A sentença resume o principal assunto do filme: o sofrimento de pessoas que vivem de maneira miserável e desprovida de direitos, inclusive do direito ao voto.

Ilha das Flores: Recortes e Colagens de Uma Verdade Fragmentada

A cada exibição, Ilha das Flores (1989) se consolida cada vez mais como uma das realizações audiovisuais mais polidas do documentarismo brasileiro. Eleito em 2019 como “o melhor curta-metragem brasileiro da história” pela Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), o filme escrito e dirigido por Jorge Furtado destrincha a complexa existência do ser humano em uma sociedade capitalista, recorrendo a uma estratégia única: o diretor faz uso dos parâmetros e símbolos das linguagens publicitária e documental para confeccionar um produto que retorce a realidade e coloca a noção comum de “verdade” em xeque.

Nouvelle-Vague, Godard e Weekend

No fim dos anos 1950 e início dos anos 1960, jovens cinéfilos e críticos se reuniram para restabelecer o conceito de cinema de autor, que despontou, inicialmente, na França dos anos 1930. A partir dessa retomada, iniciou-se um novo movimento no cinema francês, a Nouvelle-Vague.