Observatório Covid-19

Fique em casa (se possível): reflexões sobre o impacto da pandemia nas relações de trabalho

Por Nana Miranda.

A pandemia de covid-19 agravou a crise econômica e evidenciou velhos problemas sociais em diversas esferas. As medidas restritivas necessárias para o afastamento social afetaram o mundo do trabalho e “ficar em casa” pode ganhar sentidos diferentes a depender da perspectiva observada. O trabalho remoto foi introduzido de forma massiva e agora estamos diante de novos conflitos nas relações entre empresa e empregado. Apesar disso, a situação ainda é mais difícil para quem não tem carteira assinada, já que muitos trabalhadores informais tiveram suas atividades interrompidas e perderam suas rendas. Por outro lado, vemos entregadores de app sendo expostos a situações de risco de contágio em nome da segurança dos que devem ficar em casa ao mesmo tempo em que não recebem o devido suporte dos aplicativos. Ainda há de se destacar os efeitos do isolamento no reforço da exploração do trabalho não remunerado das mulheres na organização do cuidado em contexto familiar. 

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Influenciadoras, positividade e quarentena

Por Ane Guimarães.

Viver o isolamento social devido à COVID 19 não tem sido uma tarefa fácil para os brasileiros. Com a rotina transformada, surgiram novos hábitos e novas performances. A questão “o que fazer agora” está fortemente presente nas redes sociais, principalmente nos perfis de criadores de conteúdo e de influenciadores digitais. Podemos considerar que foi uma corrida de planejamento e produção de como ocupar o tempo das pessoas e continuar a entreter os seguidores, ação que já é comum nos perfis de influenciadores que compartilham sobre estilo e rotina de vida. Por isso, o objetivo deste breve texto é discutir o conteúdo do feed da influenciadora Nah Cardoso, intitulado “Juntos #NAHquarentena (todo dia vamos fazer algo juntos)”. 

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Carnaval, quarentena e pandemia

Por André Vianna Maricato.

Parece cedo para falar sobre carnaval. A festa tão popular no Brasil ocorre nos meses de fevereiro ou março e gera, anualmente, uma grande expectativa na população. Esse período, que resgata os valores da liberdade, da farra e do encontro, está associado a uma fuga do cotidiano. Agora, estamos diante de um dos momentos mais críticos da história do país, marcado por tomadas de decisões equivocadas, desalinhamento político e estratégias ineficientes para contenção da pandemia da Covid-19, que tem afetado o Brasil e o mundo de forma severa. O cotidiano no contexto da pandemia conduz a vida da população no ritmo de insegurança e instabilidade. 

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Narrativas das marcas nas redes sociais e a cultura do cancelamento no contexto da pandemia

Por Marília Araujo. 

Quando o Brasil declarou quarentena devido à Covid-19, o dono da rede de restaurantes Madero, Júnior Durski, se manifestou nas redes sociais contra medidas protetivas de isolamento social, dizendo, em vídeo, que as consequências financeiras serão maiores que as de saúde e que o Brasil não pode parar “por conta de 5 mil pessoas ou 7 mil pessoas que vão morrer.” O vídeo foi publicado por Durski no dia 23 de março e viralizou nas redes sociais. Sua fala foi amplamente divulgada e não foi bem vista por parte da sociedade.

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Educação on-line e a pandemia das incertezas

Por Fabiana Ribeiro.

A disseminação do coronavírus desencadeou momentos de incertezas e questões complexas. Edgar Morin, sociólogo e filósofo francês, conhecido como mestre da complexidade, comentou sobre a crise do coronavírus em sua página oficial do Twitter e lembrou “uma das grandes lições da crise: não podemos escapar da incerteza. Ainda estamos na incerteza da cura do vírus, na incerteza dos desenvolvimentos e consequências da crise. Uma missão da educação: ensinar a enfrentar a incerteza.”

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Comunicação no contexto das organizações: desafios da pandemia

Por Guilherme Pedrosa.

Em 29 de junho de 2020 o Brasil atingiu a infeliz marca de mais de 57 mil mortos e 1,3 milhão de casos gerados pela Covid-19, segundo consórcio de veículos de imprensa formado por G1O GloboExtraO Estado de S.PauloFolha de S.Paulo e UOL, que passaram a trabalhar de forma colaborativa desde 8 de junho para reunir as informações necessárias nos 26 estados e no Distrito Federal. Nesse contexto, é importante discutir o papel das organizações como agentes sociais e como elas podem interferir, seja positiva ou negativamente, no atual quadro caótico. 

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Memória no jornalismo digital como alternativa de combate à desinformação durante a pandemia

Por Carolina Lopes Marques.

Com o jornalismo digital cada vez mais pautado no imediatismo, os acontecimentos se tornam ultrapassados e obsoletos de forma rápida, principalmente durante a pandemia da Covid-19, quando todos os dias são divulgadas novas informações sobre o vírus e seus efeitos. Entretanto, a web viabiliza acesso mais fácil à memória, possibilitando o reavivamento das notícias e maior contextualização e aprofundamento sobre o assunto. Há também, no meio online, a capacidade de armazenamento, o que permite uma base de dados bastante completa.

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Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da PUC Minas concede entrevista sobre o Observatório Covid-19 à Rádio América

Como forma de divulgar o Observatório Covid-19 para além do âmbito acadêmico da universidade, o coordenador e professor do Programa de Pós-Graduação da PUC Minas, Marcio Serelle, concedeu entrevista à Rádio América no último dia 09.

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Jornalismo de contexto na pandemia

Por Ana Paula Pimenta.

Diante das incertezas da atual crise sanitária, a sociedade procura respostas por meio de variadas formas, e o jornalismo, logicamente, possui importante papel neste  contexto: além de informar, deve também lutar contra a desinformação. Em vista do considerável fluxo de informações que a todo momento chegam a milhares de pessoas por variados meios e suportes midiáticos, pode tornar-se difícil ao leitor discernir quais fatos e dados correspondem à verdade. 

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As fake news sobre a Covid-19 e como combatê-las

Por Rodrigo Siqueira Rodrigues.

Do dia em que o primeiro caso do novo coronavírus foi confirmado no país, em 26 de fevereiro de 2020, até a presente data, governo, mídia e órgãos de saúde travam uma guerra para conter não apenas a disseminação do vírus, como também as fake news relacionadas à doença. Como vimos em matéria neste blog, a Organização Mundial da Saúde (OMS) explica que, além da pandemia, o mundo vive uma infodemia: isto é, uma infestação de informações falsas. No entanto, entidades de vários países trabalham desde o início do surto para conter a propagação de notícias falsas.

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Infodemia: o desafio de combater a desinformação durante a pandemia de Covid-19

Por Jussara Assis. 

Diante do aumento dos casos de Covid-19 no mundo, desde março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que se tratava de uma pandemia. Como medida de controle do avanço da doença, muitos países adotaram o isolamento social. Desde que acordamos e conferimos as redes sociais, sites de notícias, programas de TV e rádio, somos bombardeados com dados e informações sobre a Covid-19. Assim, diante de uma produção e circulação de conteúdo desmedidas, as autoridades mundiais alertaram para o fenômeno da infodemia, que se caracteriza exatamente pelo excesso de informações.

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O Cotidiano de um fotorrepórter na pandemia: entrevista com Douglas Magno

Por Renata Garboci.

O “olhar” e o “fazer” do fotógrafo sobre a fotografia de tragédias sofreu mudanças. Quando se fotografa uma guerra ou um desastre, o que é perigoso está visível e concreto. Mas quando se registra sobre uma doença que é altamente contagiosa e pode ser fatal, como se proteger? Como retratar o invisível sem se colocar em risco? 

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A Fotografia diante da pandemia de coronavírus

Por Renata Garboci.

Em dezembro de 2019, foi divulgada, pela imprensa mundial, a contaminação de comerciantes de um mercado na cidade de Wuhan, China, por um vírus que poderia causar sérios danos à saúde dos habitantes. Naquele momento, não tínhamos a dimensão de como nossas vidas seriam impactadas pelo novo coronavírus (Covid-19/Sars-Cov 2). 

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O Cinema frente ao avanço da Covid-19 no mundo

Por Thayrone Soares.

A pandemia do novo coronavírus está afetando o mundo todo e a indústria cinematográfica é um dos setores atingidos. O rombo sofrido é estimado em R$ 5 bilhões até o momento. Todas as produções foram paralisadas, obedecendo às regras da OMS, que incluem a não aglomeração e o isolamento social obrigatórios. Além disso, as obras audiovisuais que já estavam prontas para um lançamento tiveram suas estreias adiadas indeterminadamente devido ao fechamento de todas as salas de exibição.

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Além dos números: jornalismo e narrativa na cobertura da Covid-19

Por Jéssica de Almeida.

17 de março, a primeira morte por Covid-19 no Brasil. 24 de março, 47 vítimas. 3 de abril, 327 mortes. 15 de abril, o número de mortes sobe para 1.557. 27 de abril, chega a 4.542. 1º de maio, 6.329 óbitos. 10 de maio: 10.670 óbitos. Em 55 dias o novo coronavírus mata quase 11 mil pessoas. 

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Fake news e negacionismo em tempos de pandemia: Entrevista com Ivan Paganotti

Por Marcio Serelle (com colaboração de Carolina Cassese).

Ivan Paganotti criou, em 2017, juntamente com os colegas e também professores Leonardo Sakamoto e Rodrigo Ratier, o projeto “Vaza Falsiane”, cujo nome bem-humorado é um repúdio às fake news e à desinformação. Nesta entrevista concedida ao CCM, Paganotti estabelece relações entre fake news e negacionismo e reflete sobre os limites das agências de checagem. Para ele, o jornalismo não deve ignorar as teses negacionistas, por mais absurdas que sejam, mas abordá-las didática e criticamente tendo em vista um público que está em disputa.

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Observatório Covid-19: perspectivas críticas sobre comunicação e a pandemia

Em pouco tempo, a propagação da COVID-19 tornou-se problema mundial e tem afetado a vida social em diferentes âmbitos. Diante desse cenário, criamos um observatório que objetiva produzir uma série de reflexões acerca das dimensões comunicacionais da pandemia. O Observatório Covid-19 é fruto da colaboração entre o Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social e o CCM.

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