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Banner com a palavra "inclusão" representada pelo alfabeto em Libras e em Braille.

Roteiro inclusivo: Arte como meio de transformação social

A importância de espaços e eventos que garantam acessibilidade para pessoas com deficiência

A arte exerce um importante papel na sociedade e no convívio social, principalmente quando pensamos em inclusão de PcD. Historicamente, os processos artísticos falam de valores sociais, fortalecem a identidade da comunidade e apoiam o pensamento crítico, no entanto, ainda há espaços que não prezam pela inclusão. A falta de espaços culturais com acessibilidade cria uma lacuna, levando muitas delas a serem excluídas.

Muito além da expressão, a arte é um instrumento de inclusão social e de formação cultural e social dos indivíduos. Uma busca por um roteiro inclusivo, no qual a arte e a cultura se configuram como meios de transformação social, pode ser desafiadora.
Para que as instituições culturais sejam universalmente acessíveis, elas devem oferecer a todos os visitantes pleno acesso aos seus espaços e conteúdos, independentemente das condições sociais, sensoriais, cognitivas ou físicas dessas pessoas.

Acessibilidade cultural pode ser descrita como um conjunto de adequações, medidas e atitudes que visam proporcionar bem estar, acolhimento e acesso à fruição cultural para pessoas com deficiência beneficiando públicos diversos. Assim, promover a acessibilidade nos espaços culturais para pessoas com deficiência e novos públicos, bem como propiciar a eles o protagonismo, é trabalhar pela garantia do direito de participação de todo ser-humano na vida cultural da comunidade.

A cidade de Belo Horizonte completou 125 anos em 2023, mas ainda carece de espaços que atendam deficiencias diversas, não garantindo o acesso e a inclusão aos espaços públicos.

Espaços culturais acessíveis

Com o intuito de promover a inclusão e garantir o acesso igualitário aos eventos culturais em Belo Horizonte, realizamos uma seleção criteriosa de espaços notáveis na cidade. Esses locais se destacam por oferecerem recursos acessíveis em sua programação, de forma regular, assegurando que diversos públicos possam desfrutar de seus direitos.

Clique em cima dos em modelo 3D dos espaços culturais para saber mais sobre as atrações.

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Circuito Liberdade
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Cine Santa Tereza
Neste espaço, ocorre uma vez por mês uma exibição do projeto Sessão Azul. A sessão é voltada para todos os públicos, com atenção especial às crianças com transtorno do espectro do autismo. Durante a exibição, o ambiente é adaptado, a sala de cinema fica com meia luz, som mais baixo e livre acesso.
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Cine Theatro Brasil Vallourec
Todos os espetáculos próprios contam com uma sessão em libras e audiodescrição e as exposições têm informações em braile. O teatro oferece assentos demarcados para PcD’s, elevadores com leitura em Braile, poltronas adaptadas, banheiros acessíveis e sinalização.
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Mirante do Mangabeiras
Proporciona aos visitantes uma linda visão panorâmica da cidade de Belo Horizonte e do Parque das Mangabeiras. O Mirante é acessível para pessoas com deficiência física e dispõe de rampas com corrimãos de ambos os lados além de vagas reservadas para PcD’s.
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Museu de Arte da Pampulha (MAP)
A atração, que integra o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, possui um acervo com obras contemporâneas de artistas como Alberto da Veiga Guignard, Tomie Ohtake e Emiliano Di Cavalcanti. O MAP garante a PCDs acesso através de rampas e peças táteis em suas exposições, além de realizar mediações sensoriais.
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Museu dos Brinquedos
O projeto inclui áreas de circulação para cadeira de rodas, descrição do acervo com legendas em fontes maiores, tradução dos brinquedos em Libras e audioguias. O museu oferece totens com brinquedos para toque e mala sensorial. Há visitas guiadas em Libras e ações adaptadas, como oficinas e jogos inclusivos.
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Espaço do Conhecimento UFMG
No local é realizado o “Sábado com Libras”, projeto que reúne estudantes ou fluentes na Língua Brasileira de Sinais, sessões mensais de observação noturna para surdos e oficinas mensais em Libras. Na parte estrutural, o local tem rampas de acesso, piso tátil de alerta e cadeira de rodas comum para empréstimo.
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Museu das Minas e do Metal
No Museu são oferecidas visitas guiadas em libras, pelo acervo permanente do museu, em horários pré-definidos. Amostras de minerais ganham vídeos com imagens ampliadas. Há também audiodescrição de textos para pessoas surdas que leem português e tradução em Libras.
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Memorial Minas Gerais Vale
O espaço desenvolveu o Guia Multimídia e a ferramenta está instalada nos tablets que estão disponíveis para os visitantes. A visita virtual pode ser feita em cinco idiomas, português, inglês, francês, espanhol e libras. O Memorial oferece ações educativas onde o visitante tem a oportunidade de ativar outros sentidos.
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Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais
No espaço, pessoas com deficiência visual têm acesso à informação e à literatura por meio de livros em braille e recebem orientação para suas pesquisas e estudos. O local também oferece cursos, exposições temporárias, clube de leitura e exibição de filmes com áudio-descrição. Exposições táteis são realizadas durante todo o ano.
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Centro Cultural Banco do Brasil – Belo Horizonte
O CCBB-BH oferta as visitas mediadas em Libras, onde um intérprete ouvinte explica detalhes das exposições em cartaz. Também há a visita mediada cognitiva e multissensorial, voltada para pessoas com transtorno do espectro autista e seus acompanhantes. Nela é possível explorar memórias, sentidos e sensações.
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Casa Fiat de Cultura
Nas exposições da Casa, algumas obras são rebaixadas na parede para facilitar o acesso de PcD’s. Além disso, são disponibilizados tablets com material informativo sobre as exposições, pensando no público surdo que também conta com descrição de obras e dos espaços, e material tátil para referência.
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Circuito Liberdade
Localizado em uma área histórica de Belo Horizonte, a Praça da Liberdade, é composto por 16 instituições, entre museus, centros culturais e de formação. Em vários equipamentos, pessoas com deficiência, seja visual, física ou auditiva, têm acesso a várias atividades inclusivas.
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Ações inclusivas

A curadoria de espaços com recursos acessíveis em Belo Horizonte não apenas visa garantir o acesso físico, mas também promover a inclusão em sua totalidade. Esses espaços buscam oferecer opções que vão além da simples adaptação arquitetônica, como audiodescrição para pessoas com deficiência visual, intérpretes de Libras para pessoas surdas e legendas em tempo real para pessoas com deficiência auditiva. Dessa forma, a cidade se fortalece como um ambiente culturalmente diverso e acessível, no qual todos os indivíduos, independentemente de suas habilidades e limitações, possam desfrutar plenamente das experiências culturais que a metrópole tem a oferecer.

Projeto Sessão Azul

Há lugar onde as crianças possam se movimentar e circular pela sala de cinema? Sim, e se chama Projeto Sessão Azul. A iniciativa promove sessões para famílias e crianças autistas poderem socializar em um ambiente inclusivo e acolhedor.

Festival Acessa BH

Inclusão e arte andam juntas. O Festival Acessa BH é pioneiro na oferta de atrações acessíveis que colocam pessoas com deficiência no público e nos palcos. Neste sentido, em 2023, mais uma edição chega com o objetivo de ampliar ainda mais a acessibilidade artística.

Sara Bentes

Sara Bentes é uma cantora, compositora, atriz e escritora que através de sua arte propõe experiências culturais que podem ser vistas com outros olhares.

Logo, a partir de sua trajetória como artista com deficiência visual total, ela reforça a necessidade de protagonismo de pessoas com deficiência nos ambientes culturais.

CCBB Educativo

Ações pontuais e continuadas que acolhem o público em processos de visitas, pesquisas para além das exposições. Em suma, O CCBB Educativo desenvolve ações de arte-educação no intuito de aproximar o público das programações oferecidas pelo Centro Cultural Banco do Brasil.

Visitação Mediada

Nós acompanhamos a Visita Mediada em Libras na Exposição Os Gêmeos – Nossos Segredos.
Confira o tour gravado com câmera 360º pelo CCBB-BH

Conteúdo produzido por Isabella Martins, Lauro Moura, Rafael Assumpção e Regina Moraes na disciplina Laboratório de Jornalismo Digital e Jornalismo de Dados, sob a supervisão da professora e jornalista Maiara Orlandini.

Infografia desenvolvida por Pedro Henrique, aluno da graduação de Jogos Digitais na PUC Minas São Gabriel, com informações produzidas pelos alunos.

Acessibilidade em série
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