Rádio Piquete 32:

No trigésimo segundo episódio da Rádio Piquete, os pesquisadores e jornalistas Ercio Sena e José Milton Santos se juntam a Victor Ennzo para explicar e discutir o tratamento da mídia acerca da reforma de ministérios feita por Lula. Além disso, a equipe avalia a forma com que a imprensa tratou as indicações de Lula para…

Ótica frouxa

 Lavra (2021), o documentário de Lucas Bambozzi, ensaia uma novidade no que se refere à forma de documentar os relatos e as vivências de quem sofreu com os crimes cometidos pelas empresas de mineração Vale e Samarco. A abordagem do diretor de fato se destaca em relação a alguns aspectos do que conhecemos e identificamos como linguagem documental. A escolha dos planos e dos movimentos de câmera, que na maioria das vezes foram feitos em follow shot, isto é, a câmera seguindo a personagem no plano, deram um tom totalmente orgânico para a produção. Esse tom intimista usado na linguagem audiovisual do filme vem da tentativa do realizador de retratar os sentimentos reais de maneira mais próxima e sentimental das personagens de seu filme. No que tange a sensibilidade do enredo sobre a naturalização da empresa no território mineiro e a consequência disso na vida das pessoas que vivem ali, o documentário cumpre bem seu papel. O filme trata de maneira incisiva e sensível a exploração ambiental e a dependência econômica da cidade explorada pela mineradora. Porém, o filme não se consuma em seu caráter artístico e proposta inovadora de retirar as histórias vividas da perspectiva do real, ele na verdade não cumpre essa promessa de ser tão diferente assim, uma vez que repete padrões hierárquicos entre documentarista e personagens entrevistados.

Narrativa em abismo

Uma narrativa construída em abismo. Muitas questões são abertas e nenhuma possui explicação aparente ou se quer subentendida nas imagens: é como se tudo fosse uma realização de um desejo imagético do diretor ou até mesmo um sonho que virou filme. É possível dizer apenas das impressões que tivemos ao assistir, mas sem nenhuma comprovação de que algo estará explícito na tela ou até mesmo na intenção da obra.

Oficina de Escrita e Crítica Cultural

O Centro de Crítica da Mídia promoverá, em parceria com Juliana Gusman, mestra em comunicação pela PUC Minas e doutoranda pela Escola de Comunicação e Artes da USP, a Oficina de Escrita e Crítica Cultural.  A oficina, composta por uma parte teórica e outra prática,  pretende discutir aspectos da crítica cultural e midiática, destacando processos e…

Violência contra a mulher: questões midiáticas

Em uma sociedade estruturada em raízes patriarcais e consequentemente misóginas, no contexto conservador que usurpa a política nacional, ainda e infelizmente há a presença massiva de uma das opressões mais antigas: a violência contra a mulher. No momento em que se discutem a necessidade e a urgência de visibilidade para as mulheres, o dossiê deste…

Mediações éticas nas narrativas testemunhais em Memórias da Vila

Por Júnia Maria Pinto de Campos Breve contextualização do objeto Sabendo que as mídias tradicionais, através de esquemas representativos que domesticam o Outro ou constroem uma diferença intransponível em relação a ele, têm, historicamente, apagado sujeitos e espaços sociais, surge a inquietação de estudar a emergência de novas realidades por meio de narrativas que valorizam…