LAMA: O crime da Vale no Brasil, de Carlos Pronzato e Richardson Pontone

POR: Náthaly Escobar Quantas toneladas exportamos de ferro? Quantas lágrimas disfarçamos sem berro? ( Drummond, 1984) A presente resenha acadêmica pretende analisar o documentário “LAMA: O crime Vale no Brasil”, dirigido, independentemente, por Richardson Nicola Pontone, professor, fotógrafo e documentarista, e Carlos Pronzato, cineasta das lutas sociais da América Latina, documentarista, poeta e escritor. O…

A nova pequena sereia

POR: Sara Muniz A Pequena Sereia entra para o time de animações da Disney que possuem uma versão live action e retorna às telas do cinema quinta-feira, 25 de maio. Estrelando a talentosa Halle Bailey, o novo olhar sob o clássico traz uma história ainda mais completa de uma das treze princesas originais. O filme…

PodCriticar EP. 13 – Bacurau e a valorização da história e da cultura brasileira

Neste episódio, a monitora Camila Dutra e dois convidados, Francisco e Luana, debatem sobre o filme Bacurau (2019), dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles. Acompanhe o PodCriticar, também, no Google Podcasts e Deezer. Créditos aos estudos utilizados de referência: PALMA, Alexandre; ASSIS, Monique Ribeiro de; VILAÇA, Murilo Mariano. Bacurau: uma metáfora do Brasil…

O Fim de Succession

Depois de quatro temporadas de sucesso e quase cinco anos no ar, a premiada Succession da HBO Max chegou ao fim no domingo, 28 de maio. A série brilhantemente contava a história do processo de sucessão de um grande conglomerado de mídia, se inspirando na família Murdoch. Sendo aclamada pelos críticos e público, a ganhadora de 13 emmys desempenhava graciosamente a atuação, filmagem e, em especial, a escrita. A influência de Shakespeare e a tragédia grega envolve a audiência e alcança o que não é visto há muito tempo, o sentimento de estar acompanhando a desenvoltura de um acontecimento gigante que fará parte da história da TV. Tim Dowling, do The Guardian , disse: “A escrita é selvagem, o diálogo afiado e desbocado. Embora engraçado em alguns lugares, também é assustador, como qualquer drama povoado por monstros deveria ser.”

Parts Unknown: A um trecho da vida e obra de Anthony Bourdain

Parts Unknown foi a última série documental de Antony Bourdain antes de sua trágica morte em 2018. Estrelado em 2013, tendo ao todo 12 temporadas, todos os episódios exploram a vasta variedade de culturas ao redor do mundo, nos apresentando pessoas incríveis e culinárias locais com uma visão mais aberta, sem possuir um extrema ótica americanizada do mundo. Uma vez que, mesmo sendo um programa da CNN americana, Bourdain sempre se preocupava em fugir de pontos turísticos independente do lugar onde ele estivesse, e principalmente de deixar seu objeto falar. Assim, conseguiu captar uma visão local e fora do senso comum sobre assuntos regionais e acerca do estilo de vida das inúmeras partes do mundo que visitou.

Ótica frouxa

 Lavra (2021), o documentário de Lucas Bambozzi, ensaia uma novidade no que se refere à forma de documentar os relatos e as vivências de quem sofreu com os crimes cometidos pelas empresas de mineração Vale e Samarco. A abordagem do diretor de fato se destaca em relação a alguns aspectos do que conhecemos e identificamos como linguagem documental. A escolha dos planos e dos movimentos de câmera, que na maioria das vezes foram feitos em follow shot, isto é, a câmera seguindo a personagem no plano, deram um tom totalmente orgânico para a produção. Esse tom intimista usado na linguagem audiovisual do filme vem da tentativa do realizador de retratar os sentimentos reais de maneira mais próxima e sentimental das personagens de seu filme. No que tange a sensibilidade do enredo sobre a naturalização da empresa no território mineiro e a consequência disso na vida das pessoas que vivem ali, o documentário cumpre bem seu papel. O filme trata de maneira incisiva e sensível a exploração ambiental e a dependência econômica da cidade explorada pela mineradora. Porém, o filme não se consuma em seu caráter artístico e proposta inovadora de retirar as histórias vividas da perspectiva do real, ele na verdade não cumpre essa promessa de ser tão diferente assim, uma vez que repete padrões hierárquicos entre documentarista e personagens entrevistados.

Narrativa em abismo

Uma narrativa construída em abismo. Muitas questões são abertas e nenhuma possui explicação aparente ou se quer subentendida nas imagens: é como se tudo fosse uma realização de um desejo imagético do diretor ou até mesmo um sonho que virou filme. É possível dizer apenas das impressões que tivemos ao assistir, mas sem nenhuma comprovação de que algo estará explícito na tela ou até mesmo na intenção da obra.

Riget (temporadas I e II): Reflexões sobre a negação da ciência e dos saberes tradicionais

A história se passa em Rigshospitalet, um hospital universitário em Copenhague (que existe de verdade); nele, um grupo de médicos com ideais duvidosos integram o setor de neurocirurgia. Paralelamente, acompanhamos a trama de um grupo de personagens formado por uma senhora, paciente do hospital no setor de neurologia, e seu filho, funcionário de limpeza e assistência no local. Esses diferentes núcleos narrativos nos oferecem visões distintas e alternantes sobre os acontecimentos ao longo da série, diferenças que se tornam mais evidentes quando o hospital começa a ser atormentado por espíritos e demônios vindos do reino dos mortos.