Crítica de mídia e estigmas sociais: entre reconhecimento e resistência

Por Gabriela Barbosa.

Em função das atividades do VII Seminário Mídia e Narrativa, semana passada recebemos Rosana de Lima Soares — professora da ECA-USP, coordenadora e pesquisadora do grupo de estudos MidiAto — para conversar com os alunos do mestrado e demais interessados sobre crítica da mídia e reconhecimento.

Na sua palestra intitulada Crítica de mídia e estigmas sociais: entre reconhecimento e resistência, Rosana apresentou um circuito que perpassa pela identidade, representação, reconhecimento e visibilidade, que coloca em articulação não somente o indivíduo e o coletivo, mas também o âmbito social e a mídia.

A partir da nova era do reconhecimento, a análise crítica nos desafia a colocar em crise as imagens presentes nas mídias a partir de três questões fundamentais: quem pode fazer, quais critérios utiliza e qual a sua intencionalidade.

O discurso midiático, então, não é só um texto, ele também problematiza algo — ele é um modo de ação e representação. Por isso, constitui e articula identidades e relações sociais, construindo sistemas de conhecimento e crenças, além de ser organizado por cadeias de textos capazes de reproduzir ou transformar condições sociais.

A possibilidade de resistência e deslocamento discursivo, para Rosana, pode criar novos regimes de visibilidade. Dessa forma, são feitas transformações nas formas de estigmatização presentes nas mídias, ampliando as políticas da representação, as fronteiras do reconhecimento e novos campos de atuações sociais.

O VII Seminário do grupo Mídia e Narrativa aconteceu nos dias 29 e 31 de outubro e 1º de novembro — no campus Praça da Liberdade e no campus Coração Eucarístico — e contou com a participação dos integrantes do grupo de pesquisa Mídia e Narrativa e convidados da UFMG, USP, PUC-Rio, UFF, UFSC, entre outras instituições.

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