A fotografia, o sensível e o político

O fotógrafo Guilherme Cunha é autor, em parceira com a jornalista Joana Tavares, do livro Memórias da vila: histórias dos moradores da Comunidade da Serra, projeto mnemônico, “patrimônio de vivências”, que reúne 21 relatos e mais de 80 imagens (retratos e interiores de casas) da região de vilas e favelas, na região centro-sul de Belo Horizonte, onde moram aproximadamente 55 mil pessoas. Nesta entrevista, Cunha reivindica, por meio de imagens e narrativas, a ruptura de “membranas culturais” que segregam a sociedade. Segundo ele, há o apagamento programado da imagem desse outro na cultura midiática brasileira, o que é uma forma profunda de violência simbólica. Um dos desafios do projeto é, de acordo com Cunha, o de produzir imagens que enalteçam o outro sem reificá-lo, isto é, evitar o “deleite estético” e que, na interação com o livro, “se consuma a pobreza pelo distanciamento que a fotografia permite”. Veja, neste vídeo, os principais momentos da entrevista, em que Cunha fala sobre a gênese do projeto, o trabalho com Joana Tavares e, principalmente, a relação com os moradores da comunidade.

O trabalho de Guilherme Cunha também está na seção Profundidade de Campo.

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