Por que Bolsonaro tem problemas com furos: uma análise de Eliane Brum

Em uma matéria publicada no portal do jornal El País no dia 11, quarta-feira passada, a jornalista Eliane Brum faz uma análise do histórico comportamental de Bolsonaro e as atitudes que culminaram na sua vitória nas eleições de 2018. Fundamentada pela maneira como o então presidente trata sua profissão e, sobretudo, suas colegas mulheres, Eliane destrincha seus argumentos baseados em duas importantes figuras: a jornalista Cassia Maria Rodrigues e a ex-presidente Dilma Rousseff.

Ambas foram personagens marcantes na trajetória de Bolsonaro, sendo Cassia participante decisiva desde sua passagem e saída conturbada pelo Exército nos anos 80. A misoginia sempre foi uma característica de sua conduta, tanto que Eliane chega a afirmar ao enunciar que “Bolsonaro só se tornou o primeiro antipresidente da história porque parte da sociedade brasileira quer que as mulheres voltem a ser ‘belas, recatadas e do lar’”.

É interessante observar a passagem em que Brum afirma que Bolsonaro não é uma anomalia do Exército nacional e sim um produto de uma parcela influente do mesmo. O atual presidente serviria apenas como um fantoche nas mãos de quem realmente tem poder e influência dentro de uma das instituições mais importantes do país. No entanto, por enquanto segue com uma falsa confiança ilusória de que é invencível e intocável.

A violência contra a mulher continua sendo o cerne central da política do bolsonarismo e Brum evidencia isso ao mostrar como a jornalista da Veja foi ameaçada ao expor seu envolvimento com o planejamento de um ataque terrorista ao quartel. A situação se acentua, também, ao mostrar a forma grotesca com que Dilma foi desumanizada e reduzida a nada por uma parcela do governo e da própria população.

Em uma brilhante crítica ao mandato de Bolsonaro, Brum, ao afirmar que “o antipresidente que hoje governa o Brasil é o principal exemplo de toda a corrupção do sistema que finge denunciar”, expressa o sentimento de revolta e inconsistência provocado em grande parte dos brasileiros. Por meio de tais evidências é possível notar como a democracia corre um sério risco em nosso país e como está sendo lentamente tomada e restringida de cada cidadão.

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