O artigo de Damiany Coelho, mestra em Comunicação, e Mozahir Salomão, professor da PUC Minas, investiga como a misoginia e a violência física contra a mulher aparecem nas canções do repertório da música sertaneja. O trabalho foi feito a partir da análise de conteúdo das letras de quatros músicas, que fazem referência a essa temática. São elas: Cabocla Tereza (1936), Justiça Divina (1959) ambas gravadas pela dupla Tonico e Tinoco, Ele Bate Nela (2014) de Simone e Simaria e O Defensor (2015) de Zezé di Camargo e Luciano. Os autores optaram por esse recorte pelo fato de tais canções se mostrarem bastante representativas dos períodos em que tiveram forte circulação e consumo.
Ao final da pesquisa, pode-se constatar que a cultura midiática musical brasileira a maior parte do século passado, refletiu e propagou a normalização da subalternidade feminina. Ao manter estereótipos nocivos sobre a mulher, o estilo sertanejo ajudou a cercear ou dificultar sua presença e respeito aos seus direitos nos mais diferentes contextos sociais.
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