Ferreira Gullar, João Cabral de Melo Neto, Andrei Tarkovski e Glauber Rocha, além de outros tantos escritores, poetas e cineastas são algumas das grandes referências do roteirista George Moura, que ministrou a palestra virtual A construção do diálogo e a necessidade do silêncio no dia 18 de maio. O evento integra as comemorações dos 50 anos da Faculdade de Comunicação e Artes da PUC Minas. A atividade foi idealizada e produzida pelo Centro de Crítica da Mídia (CCM) e mediada por Pedro Vaz Perez, professor nos cursos de Cinema e Jornalismo.
Autor de grandes sucessos – dentre eles O Canto da Sereia (2013), Amores Roubados (2014), Getúlio (2014), Onde Nascem os Fortes (2018) e O Grande Circo Místico (2018) –, George Moura é um dos mais proeminentes nomes da teledramaturgia contemporânea. Ao longo do evento, compartilhou experiências pessoais, detalhou processos de criação e discutiu, entre outros temas, o papel do silêncio na construção de diálogos dentro das narrativas audiovisuais – destacando as diferenças entre produções para o cinema e para a televisão. Pontuou, ainda, que o roteiro nunca é uma obra pronta. Trata-se de uma produção que instiga, como fagulha, o caminho para a realização de um filme. Afinal, no audiovisual a arte sempre é coletiva. Além disso, respondeu com simpatia e bom-humor indagações do público, composto por alunos e professores dos cursos de Comunicação da PUC Minas.
George é graduado em Jornalismo pela PUC Campinas e tem mestrado em Artes Cênicas pela USP. Começou na teledramaturgia como assistente de direção, em 1996, a convite do diretor Luiz Fernando Carvalho. Durante a palestra, inclusive, relatou de forma irreverente como se deu tal encontro, que mudou definitivamente os rumos de sua trajetória. A partir de então, não parou mais. O reconhecimento veio, entre outros acontecimentos, através de seis indicações consecutivas ao International Emmy Awards.
A palestra está disponível, na íntegra, no canal da FCA no YouTube e é indicada à todos que se interessam por TV e cinema; àqueles que, por ventura, almejam se enveredar pelos caminhos do roteiro; e, não menos importante, aos que prezam pelo audiovisual nacional, tratado como convidado de honra por um genuíno contador de histórias.