Por Marina Marques da Silva.
Com um pé na realidade, pela estética de sua direção de arte, e outro no fantástico, pela sua trama, o filme Quintal pretende mostrar o que, aparentemente, é mais um dia comum na realidade de um casal idoso e periférico. Aparentemente, pois acontecimentos fantásticos começam a afetá-los, embora eles sejam encarados com muita naturalidade pelas personagens. Entre eles, podemos destacar uma ventania fortíssima, com força o bastante de levantar dona Zezé do chão, e a abertura de um portal cósmico no meio do quintal onde seu Norberto entra naturalmente. A câmera estática também contribui para essa sensação de “nada de mais acontecendo aqui”, por mais que os fenômenos estejam completamente fora da realidade. O filme todo nos uma passa uma sensação de estar brincando com a realidade e o olhar do espectador de uma forma debochada, mas com uma profundidade política. Afinal, quem diria que uma senhora negra e periférica daria um golpe em um grande e corrupto político? E que um homem negro defenderia sua tese na FAFICH? Esses acontecimentos são tão incríveis e fantásticos (e deveriam tornar-se tão comuns) quanto uma forte ventania que levanta uma pessoa do chão ou um portal cósmico que se abre no meio de seu quintal.
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