Colab
Jornalista Yasmin Santos. Mulher negra, jovem, com cabelo crespo volumoso, usa pouca maquiagem, um colar marrom e uma blusa vermelha.
Jornalista Yasmin Santos.

“As coisas que produzo são voltadas para entender o lugar de onde vim: a zona oeste, o Rio, essa cidade partida”

A jornalista Yasmin Santos fala sobre carreira, racismo, universidade e sociedade

Aos 25 anos, a carioca Yasmin Santos já escreveu para o jornal Folha de S. Paulo, e as revistas QuatroCincoUm, GQ, Elle Brasil, participou da bancada do programa Roda Viva e foi editora do jornal Nexo. Quando ainda recém-formada, adaptou seu trabalho de conclusão de curso, Letra Preta (uma monografia escrita em primeira pessoa sobre “os negros na imprensa braileira”) para uma publicação amplamente repercutida da Revista Piauí, onde, até então, estagiava.

Com um currículo admirável e uma trajetória merecedora de reconhecimento, Yasmin lembra que também é uma jovem jornalista em um mundo de constantes transformações na profissão: “Eu também estou completamente perdida!”. Em entrevista ao Colab, a repórter demonstrou ter força, leveza e o bom humor típico de uma jovem do seu tempo, além de vasto repertório de trabalhos em temas como racismo, violência e direitos humanos.


A entrevista de Yasmin Santos foi editada para fins de concisão e clareza de sentido. 

Você estudou na UFRJ e na Federal Rural do Rio de Janeiro, certo? Você pode falar um pouco sobre a sua trajetória acadêmica e profissional?

Eu entrei na Rural no primeiro semestre de 2015 e fiz um semestre e meio de jornalismo. Quando eu prestei SISU, minha primeira opção era UFRJ, eu não sabia nem que a Rural tinha jornalismo porque ela é muito conhecida pelos seus cursos relacionados ao universo rural. Descobri no SISU que existia. Eu passei para lá no primeiro semestre – e não passei na UFRJ – e foi uma experiência muito diferente porque na Rural, apesar de ser uma faculdade muito antiga, com décadas de história, o curso de jornalismo é recente.

O curso tinha pouquíssimos professores, que ofertavam várias disciplinas. A gente não tinha laboratório de rádio, nem de TV, ainda. A gente tinha só o prédio. Foi nessa tática de guerrilha que eu fui estudar na Rural, que é muito diferente da UFRJ, em que o curso de comunicação tem mais de 50 anos, já está estabelecido, está na zona sul do Rio de Janeiro, próximo dos principais veículos.

O que eu lia muito na internet é que as universidades eram um ambiente elitista. Quando eu entro na Rural, a maioria das pessoas que estudavam comigo vinham da baixada fluminense, da região metropolitana do Rio, da Zona Oeste, então, eu estava muito próxima do ambiente que eu tive durante o ensino básico. Quando abre o SISU do meio do ano, eu não esperava passar, mas me inscrevi, por via das dúvidas. Quando eu passei para a UFRJ fiquei balançada e acabei indo. Ali eu tenho os meus primeiros confrontos com esse ambiente. Se na Rural a minha turma era majoritariamente de pessoas do subúrbio, lá [na UFRJ] a maioria dos meus colegas eram de escolas de elite da zona sul carioca.

O que eu lia muito na internet é que as universidades eram um ambiente elitista. Quando eu entro na Rural, a maioria das pessoas que estudavam comigo vinham da baixada fluminense, da região metropolitana do Rio, da Zona Oeste, então, eu estava muito próxima do ambiente que eu tive durante o ensino básico. Quando abre o SISU do meio do ano, eu não esperava passar, mas me inscrevi, por via das dúvidas. Quando eu passei para a UFRJ fiquei balançada e acabei indo. Ali eu tenho os meus primeiros confrontos com esse ambiente. Se na Rural a minha turma era majoritariamente de pessoas do subúrbio, lá [na UFRJ] a maioria dos meus colegas eram de escolas de elite da zona sul carioca.

A maioria das coisas que eu produzo são voltadas para entender esse lugar de onde eu vim: a zona oeste, o Rio, essa cidade partida. Para entender essas relações, as questões étnico-raciais também, para entender um pouco de violência policial, de direitos humanos. Acho que esse meu percurso é central até mesmo para as coisas que eu produzo hoje profissionalmente. 

Não faz tanto tempo que você entrou para a universidade e se formou, mas acredito que esse tenha sido um período intenso e importante de mudanças no jornalismo. Lembrando da sua história acadêmica, o que você acha que precisa ser atualizado para formar novos profissionais?

Acho que a gente tem muita defasagem. Estamos lidando com uma área de estudo que muda muito rapidamente. O jornalismo está entendendo como ele pode lucrar nesse meio, como ele pode informar melhor, como ele pode combater e fugir das fake news. Tudo acontece muito rápido e o profissional fica muito perdido.

Esse problema reflete nas universidades e eu acho que os alunos, as pessoas que estão na graduação, são os mais criativos, os que mais percebem essas mudanças e pressionam a academia nesse sentido, mas a gente tem essa dificuldade também no currículo, em relação às desigualdades sociais que estruturam o Brasil.

Na minha formação, a gente não tinha uma disciplina fixa em que se discutisse questões étnico-racias na sociedade. Buscávamos essas eletivas em outros centros de estudos da própria UFRJ. Em um momento da pandemia eu fui convidada a participar de uma aula inaugural de uma disciplina sobre jornalismo e desigualdade, que estava começando, e a professora era uma mulher negra e trans! Eu fiquei muito surpresa porque eu sei como esse tipo de coisa demora, quando você quer criar outras coisas, outras disciplinas, não é tão rápido assim.

Você se formou em 2019, mas já trabalhou para o Nexo, Folha de S. Paulo, The Intercept, Piauí, QuatroCincoUm, Trip e por aí vai. Como conquistar espaço em um mercado que, apesar de tão grande, por vezes parece tão fechado?

Eu acho o mercado muito fechado, mas não vejo como tão grande assim. Hoje existem muitos veículos independentes, mas têm grandes conglomerados de comunicação, que é onde tem o maior número de vagas para os jornalistas. Vejo colegas que estudaram comigo, que queriam ser jornalistas “stricto sensu” e que não foram para esse caminho por falta de oportunidade e porque o mercado muitas vezes não oferece planos de carreira factíveis. É um mercado muito precarizado.

Eu trabalhei no Nexo e na Piauí, fiz estágio em outros lugares em comunicação e isso é muito louco porque a minha própria entrada nesse universo já mostra o quão fechado ele é. Embora eu não tenha parentes jornalistas, não tenha essa rede de contatos, eu fico pensando que a minha trajetória teria sido muito diferente se eu tivesse ficado na Rural, porque eu entro na Piauí através da indicação de uma professora [da UFRJ].

Que bom que teve uma professora branca que olhou para mim e pensou “nossa, essa menina escreve bem, acho que a vaga tem tudo a ver com ela!” Na maioria das vezes não é isso que acontece, na maioria das vezes professores brancos acabam indicando pessoas brancas, o fluxo é esse. 

É muito difícil, porque você acaba desperdiçando muitos talentos e esse método de seleção é muito comum nas redações. Processos seletivos são muito cansativos, gastam muito tempo, mas é assim que você descobre talentos, se não, fica na mesma coisa. Eu fui uma exceção que conseguiu furar essa bolha. De forma alguma isso beneficia pessoas negras, LGBTs, mulheres, pessoas com deficiência.

É preciso pensar o que se olha em um currículo de um candidato: talvez um intercâmbio seja a coisa mais importante? Quem é que consegue fazer intercâmbio no Brasil hoje? Não é o fato de a pessoa ter feito intercâmbio, é o que ela fez no intercâmbio, o que ela aprendeu. É trazer isso e pensar “tá, essa pessoa não fez intercâmbio, mas o que ela aprendeu no projeto social em que ela atua na comunidade dela?” ou “o que ela fez de projetos dentro da universidade?”. Perceber se consigo ver nela uma vontade de fazer jornalismo, um interesse pelas coisas. Talvez a gente não deva ter um olhar tão partido da realidade. É olhar e dizer “o que isso quer dizer dela?”.

Acho que a gente tem que olhar isso de forma mais atenta. Dá trabalho, demanda tempo, porque você tem que, verdadeiramente, ouvir as pessoas, mas é a forma de você encontrar pessoas apaixonadas pelo que fazem, pessoas que estão querendo mudar, trazer novos olhares para o mercado. É a forma de reter talentos. Hoje, no jornalismo, a gente tem uma dificuldade muito grande de reter talentos.

Por que a escolha pelo freelance? [Depois de oito meses como editora no Nexo, Yasmin optou pelo trabalho como freelancer, ou seja, autônoma]

Eu estava brincando outro dia dizendo que fiz essa escolha – já faz um ano que eu saí do Nexo – para ser meu ano sabático. Infelizmente meu ano sabático é um ano de muito trabalho porque eu não tenho dinheiro para passar um ano fora, viajando e me encontrando. 

É um tempo que eu tirei para experimentar dentro do jornalismo, fazer outras coisas. É um período que eu pensei “nossa, sou muito nova, estou no início da minha carreira.” Não acho que eu me encontrei ainda e eu acho que estou em um momento muito confortável para experimentar! Na época em que tomei a decisão, eu estava na casa dos meus pais ainda. Claro que eu ajudava em casa, mas eu pensei: “mesmo se eu não conseguir me sustentar com os freelas, eu ainda tenho um lugar para voltar”. 

É bem difícil porque os freelas geralmente surgem por meio de indicação, porque alguém leu seu texto em algum lugar e estava a procura de alguém para escrever algo parecido. É muito arriscado, você vai construindo a sua carreira para ter mais oportunidades. Às vezes você tem que fazer várias coisas que você não gosta: como freelancer, já fiz várias coisas que não têm muito a ver comigo, mas, no fim das contas, a gente também precisa pagar as contas! Para poder fazer algo que gosto, às vezes eu preciso fazer algo que não tem tanto a ver comigo, para que eu consiga balancear as contas no fim do mês! 

Você escreve muito sobre literatura e, especialmente, sobre ficção, que tem perdido certo espaço nas listas de mais vendidos para os livros de não-ficção, especialmente os de negócios e auto-ajuda, como mostra a lista dos mais vendidos de maio. Que espaço cada um desses dois tipos de livro ocupa na sua vida? Por que a escolha, enquanto jornalista, de continuar escrevendo sobre literatura?

Isso começou sem nenhuma intenção! Eu começo a publicar resenhas de uma forma aleatória: eu tinha ido para uma FLIP (a única que eu fui na vida!) e lá encontrei o editor da QuatroCincoUm. Ele falou que estavam querendo resenhar um livro, era o “Reformatório Nickel” e que seria muito bacana se eu pudesse resenhá-lo. Eu nunca tinha resenhado nenhum livro profissionalmente! Então, eu resenhei esse livro e começou assim! Depois que eu publiquei Letra Preta na Piauí, as pessoas começaram a notar que eu tinha um olhar para questões raciais e pensar que isso também poderia ser interessante em livros de ficção.

Eu acho que até quando eu estou dentro da ficção – porque eu não sou uma pessoa da teoria literária – eu trago muito o olhar social, sobre o que aquilo diz sobre o Brasil, sobre o que a gente pode aprender como sociedade. Talvez seja também um olhar do jornalismo, já que eu atuo muito na realidade.

Aí eu fui percebendo que gosto muito disso, sempre gostei de livros, sempre li muito. Depois, ao mesmo tempo que iam surgindo convites, com o tempo eu ia lendo e percebia que os livros que eu lia renderíam resenhas e eu oferecia para os veículos. Como eu não tenho tantos contatos, a resenha que fiz para a Folha surgiu porque tinha muito a ver com Letra Preta: acho que eles pensaram em mim porque é um livro [“A outra garota negra”] que se passa em uma editora ficcional nos Estados Unidos e só tem uma profissional negra, até que entra uma outra garota negra, então tem essa coisa da falta de profissionais nesse ambiente, acho que eles ligaram isso com o meu texto. Acho que eles gostaram da resenha que eu escrevi, então foram me dando espaço. Às vezes eu sugiro uma coisa para eles, eles sugerem uma coisa para mim. A vida do freelancer é meio isso, você vai criando relações.

Falando sobre livros, vi que isso foi algo que você escreveu a respeito da vinda da Chimamanda ao Brasil. Como foi cobrir esse evento, conversar com ela? [Em maio, a escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, veio ao Brasil para o LER – Festival do Leitor, evento organizado pelo Salão Carioca do Rio de Janeiro].

Esse dia foi uma loucura! A Companhia das Letras e um site em que eu escrevo sobre livros [Universa Uol] organizaram a coletiva. Fui convidada para estar lá e fiquei surpresa porque é muito difícil conseguir ser credenciado para participar desses eventos como freelancer (a não ser que você tenha um nome muito grande).

A Thaís Britto, que é uma das assessoras da Companhia das Letras, teve a sensibilidade de pensar que tinha que ter mais pessoas negras, que tinha que ter mais veículos independentes, freelancers. Então, quando ela montou a lista de convidados, é óbvio que ela convidou o G1, a Marie Claire, a Folha, mas também pensou em uma lista que abarcasse essas outras pessoas. Também a partir de uma demanda que é muito da Chimamanda, porque quando ela veio ao Brasil pela primeira vez falou “gente, mas cadê as pessoas negras?”. É claro, ela vem e fica em um hotel de luxo, vai em um restaurante de luxo, então ela não vê essas pessoas, ela lida com essa desigualdade social no Brasil.

A Thaís, que também é uma jornalista negra, montou essa lista e, quando estava se aproximando o dia da coletiva, ela me convidou para um jantar com a Chimamanda. Eu só aceitei, não tive nem coragem de perguntar quem estaria lá, eu só descobri no dia! O jantar era logo depois da coletiva, então, eu fui de carro junto com a Thaís e, no caminho, ela me fala: “ah, vai estar o Lázaro Ramos, a Maju Coutinho, o Zebrinha…”. Ela vai falando e eu fico assim “mas não tem ninguém do meu nível, não?”.

Foi muito bacana, foi uma iniciativa da própria Companhia de levar pessoas negras influentes – eu não sou tão influente assim, mas me colocaram nesse balaio. Eu conversei com a Chimamanda, conversei pouco, fiquei nervosa – teve isso – mas foi muito bacana, para ela, também, esse contato. Tanto que depois desse jantar e da série de entrevistas que deu, ela decidiu trocar um pouco do discurso que fez no LER [Festival do Leitor, promovido pela Prefeitura do Rio de Janeiro, que aconteceu na primeira quinzena de maio]. Acho que ela teve outras impressões do que ela queria falar sobre o Brasil, sabe?

Fico pensando também o quanto estar com Chimamanda me alimenta e alimenta todos aqueles jovens jornalistas negros que estavam na coletiva, mas o quanto alimenta a ela também. Enfim, acho que é por isso que eu também falo no final do texto que somos nós, os jornalistas negros de veículos independentes, que a Chimamanda está interessada em ouvir.

Sua pós-graduação tem um tema muito parecido com uma palestra que assisti recentemente e gostei muito, que é em Direitos Humanos, Responsabilidade Social e Cidadania Global. Acredito que ainda falta certa preocupação do jornalismo nesses três aspectos. O que precisa melhorar e como fazer um jornalismo mais responsável nesse sentido?

O Código de Ética da profissão fala que a gente tem que se guiar pela Declaração Universal dos Direitos Humanos. A gente tem que se opor à opressão, aos governos autoritários, e tudo aquilo que fere os direitos humanos, mas a gente não sabe o que é isso, ou, pelo menos, a gente não tem uma disciplina que seja obrigatória para isso. É um pouco disso que eu busco, porque depois que eu publico o Letra Preta eu acabo virando uma “referência”, bem entre aspas, nesse assunto, em que eu só tinha feito uma monografia e transformado essa monografia em um texto para a Piauí. Aí você faz e percebe que a gente não tem todas as respostas! 

Aprendi um monte de coisas, continuo aprendendo, mas ainda tem muitas dificuldades dentro do próprio mercado, muitas barreiras que a gente precisa enfrentar e, especificamente em relação ao racismo, talvez também em relação ao machismo, é uma opressão muito sofisticada, em que há um sistema de opressão que vai mudando também ao longo do tempo. Então, se você tinha um momento, anos atrás, em que negros não poderiam falar sobre nada, eram completamente silenciados, hoje, a gente tem formas sofisticadas de silenciamento, em que a gente permite que pessoas negras falem, mas que elas só falem sobre um tipo de coisa, dentro de um determinado assunto, e condena pessoas negras a falarem sobre a mesma coisa várias vezes, repetidamente, ficar agindo em círculos, sabe? Rodando. Você vai fazer uma coisa, mas se você não se movimenta nesse sentido e a pessoa tem que ficar se repetindo o tempo todo, é a mesma coisa que não deixar ela falar. Se essa era uma coisa que não existia antes, hoje existe.

Por ser um sistema de opressão muito sofisticado, quando a gente pensa em políticas de diversidade dentro das empresas, a gente também precisa ter esse olhar sofisticado para pensar nas formas de abertura de vagas, de como pensar na permanência desse candidato dentro da empresa, no desenvolvimento desse profissional, e era isso que chamava muito a minha atenção, porque eu provocava muito em Letra Preta dizendo que as empresas tinham que fazer isso, que isso levava tempo e dinheiro, eu sabia disso, mas eu não tinha absolutamente a mínima ideia de como isso poderia ser implementado. Hoje, eu continuo com as minhas dúvidas, mas tenho uma noção maior de onde a gente pode partir, de onde estão as feridas que a gente tem que cutucar, o que a gente pode mudar.

Pode deixar um recado para os estudantes de jornalismo que hoje estão em formação?

Gente, eu não sei o que dizer, eu também sou uma jovem jornalista! Eu também estou completamente perdida, como vocês. Eu acho que é uma profissão muito difícil, mas tem caminho, sabe? O que tem de mais precioso no jornalismo é o olhar do repórter. Mesmo que você não esteja escrevendo, você pode estar fazendo outras coisas, mas o seu olhar, o seu lado humano, como você olha para uma determinada história e enxerga – porque a gente conta histórias individuais para falar de como aquela história também é a história de muitas pessoas.

Eu conto a minha história no Letra Preta porque aquela história é muito parecida com a de outras pessoas, se aquela história fosse totalmente única, não teria nada de jornalismo, seria só literatura. Assim como quando a gente lê ficção e a gente se deixa envolver pelos sentimentos, apenas. Mas não, o Letra Preta adquiriu toda aquela popularidade por causa da aproximação que tem com as pessoas. 

O que eu diria é para os jovens estudantes, em um mercado que fica tentando achatar a gente, colocar a gente em caixinhas, para a gente exercitar o nosso olhar, tentar ler de tudo o que é possível, consumir diferentes formas de conteúdo: filmes de diferentes gêneros, podcasts. Você pode escrever muito bem, mas se você não tem um olhar sensível, uma sensibilidade, o seu texto perde com isso. 

Leia: “É obrigação de quem tem o privilégio de empreender sobre um sonho deixar os relatos sobre o caminho” – Tamara Klink

Helena Fernandes Tomaz

2 comentários

  • Parabéns! Os temas e a forma de colocar as ponderações e perguntas, foram fundamentais. Eu não conheço o trabalho dela! Que bom que novas forças jovens estão surgindo e batendo de frente com a forma ignorante que o ser huhano optou por viver! Nosso planeta, depende da mudança dos olhares e principalnente das atitudes. É inadmissível, o que admitimos! Péssima administração e uma máquina pública ridícula!
    Não há mais espaço pra essa crescente desigualdade social.
    Que cada vez mais jovens, ganhem voz e visibilidade na direção da sabedoria da igualdade hunana!
    Parabéns Helena! Que essa poderosa arma…..a escrita e o saber….encham sua vida de histórias felizes.

  • Ótimo texto. Traz à lide dificuldades profissionais, raciais e culturais que encontramos no país e das dificuldades que pessoas pobres e negras passam na carreira e na vida.
    Parabéns.