Muitos acreditam que a morte não escolhe idade, raça ou gênero, mas os dados mostram que não é bem assim. A morte não é homogênea e características socioeconômicas podem ser determinantes para a morte de alguém. Daí surge o questionamento: quem morre no Brasil?
A partir de uma análise dos dados referentes à mortalidade no Brasil durante o ano de 2022, foi possível estabelecer diferentes recortes. Os números dizem respeito aos óbitos catalogados pelo Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Sistema Único de Saúde (DATA SUS) até a data de 26 de setembro de 2022. Como constado pelo Data SUS, esses dados “não representam todas as mortes que ocorreram nesse período”, sendo apenas uma base de registros prévios.
O primeiro recorte diz respeito à origem geográfica das ocorrências registradas em todo o território nacional e revela que, apesar da maior população, a região Norte possui um menor número de óbitos em relação ao Centro-Oeste.
Veja no mapa:
Por meio dos dados encontrados, é possível entender as especificidades de quem morre. Aqui, por exemplo, os principais locais onde estavam as vítimas no momento do falecimento:
Os números também revelam as causas de cada óbito. De acordo com a base de registros analisada, o maior número de mortes registrado no país tem como procedência complicações do Aparelho Circulatório. Somente o Infarto Agudo do Miocárdio, por exemplo, é o motivo de mais óbitos do que as provenientes de infecções virais.
Confira no gráfico abaixo:
Especial: as várias faces da morte
Este capítulo compõe uma série especial sobre um dos maiores mistérios da vida: a morte. Navegue pelo menu abaixo e leia os outros capítulos:
Capítulo I: Quem morre? [Você está aqui]
Capítulo II: Burocracia Funerária
Capítulo III: Luto
Capítulo IV: Herança
Capítulo V: Vida após a morte
Reportagem produzida por Felipe Tavares, Julia Ferreira, Letícia Mendes, Saile Jennifer e Veronica Izequiel para o Laboratório de Jornalismo Digital, no semestre 2022/2 do curso de Jornalismo da PUC Minas - campus Coração Eucarístico, sob a supervisão das professoras Verônica Soares e Maiara Orlandini.
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