Uma das mais populosas comunidades do Brasil, o Aglomerado da Serra é sem dúvidas uma região essencial a se pensar quando se fala de Belo Horizonte. Tendo isso em vista, um grupo de alunos do 8º período de Jornalismo da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) produziu uma série de três reportagens especiais abordando a questão da segurança pública dentro do Aglomerado como trabalho prático de conclusão de curso. O resultado é um conjunto de produções multimídia que buscou entender o histórico dessa comunidade e também algumas razões que a estigmatizaram enquanto região violenta.
Em 21 de maio de 2022, o Aglomerado da Serra completou 140 dias sem nenhum registro de homicídio. Mas como chegou a esse ponto? O local que viveu um período sangrento no início da década de 2000, hoje abriga um cenário diferente. Um aglomerado onde circula um grande número de pessoas, que tem áreas de tráfico e disputas de gangues, mas que também abriga projetos sociais e trabalhadores da cidade, além de ter demandas de serviços públicos.
O início de tudo
A primeira reportagem especial da série Aglomerado da Serra: (In) Segurança Pública contextualiza o cenário em que o Aglomerado da Serra surgiu na capital mineira. Por meio de entrevistas com lideranças sociais locais, policiais que trabalham e moram na comunidade e especialistas no tema segurança, trouxemos um pouco de como era a vida na maior comunidade do estado de Minas Gerais.
Ponto de virada
A segunda reportagem da série é voltada a um caso ocorrido em 2011. Na ocasião, Jefferson da Silva, de 17 anos, e seu tio Renilson da Silva, de 39 anos, foram assassinados por Policiais Militares. Os policiais tentaram manipular a ocorrência e justificar as mortes atrelando-as a um suposto envolvimento das vítimas com o tráfico de drogas. O episódio revoltou a população local e incentivou protestos essenciais para mudanças significativas que sucederam a tragédia.
Menos violência?
A série de reportagens especiais sobre o Aglomerado da Serra se encerra buscando explicar as razões para que os moradores da comunidade se sintam mais seguros hoje dentro da região, em comparação com anos anteriores. É um fenômeno sociológico intrigante e muito subjetivo, no qual para ter uma resposta com exatidão seriam necessários estudos e análises profundas que durariam vários anos.
Esta série de reportagens foi produzida por Ana Mendonça, Bernardo Drummond, Felipe Quintella, Marcelo de Angelis, Pedro Lovisi e Victor Silveira como Trabalho de Conclusão de Curso de Jornalismo da PUC Minas, sob orientação da professora Fernanda Nalon Sanglard.
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