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Crédito: Getty Images

Plataformas e Redes sociais se destacam como oportunidade de renda extra

Com os negócios cada vez mais digitais, mercado exige adaptações e promove oportunidades para a geração de renda através das redes. 

“Dá o like, ativa a notificação e me siga para não perder meus próximos conteúdos”, essas são as principais expressões usadas pelos influenciadores digitais, que dependem dos seguidores para conseguir uma graninha! Os negócios digitais estão em alta com a ajuda de plataformas e redes sociais, pois os criadores conseguem monetizar seu conteúdo graças ao crescente consumo entre os usuários. 

Isso ocorre com o OnlyFans e Privacy, onde os produtores de conteúdo adulto disponibilizam seus trabalhos para os assinantes, que devem pagar uma determinada quantia mensal para ter acesso aos materiais na íntegra. Segundo dados recentes divulgados pela plataforma OnlyFans, a empresa obteve lucro de 4 bilhões de dólares, além de aumento significativo de usuários e criadores de conteúdo. 

Imagem descritiva:  Arte com dados explicativos sobre a plataforma OnlyFans, como o número de usuários que são 188 milhões, número de criadores: 2,16 milhões, receita de criadores US$ 3,86 bilhões, receita bruta: US$4,8 bilhões e receita líquida de US$932 milhões.
Dados de performance do OnlyFans em 2021

Quem também está aproveitando a alta demanda no setor é o Privacy, plataforma brasileira para compartilhamento de conteúdo, que funciona de maneira similar ao OnlyFans. A rede vem se destacando na era dos negócios digitais ao reconhecer a necessidade de profissionalização do produtor. Os criadores de conteúdo têm acesso a cursos, como fotografia básica e marketing digital, o que os ajuda a performar melhor na plataforma e nas redes sociais. 

“O Privacy tem sido maravilhoso, os lucros são bons, a taxa é bem ok e é bem fácil de mexer, é bem segura. Já tive conteúdos que vazaram e a plataforma mesmo cuidou disso e derrubou. As plataformas nos ajudam bastante, gosto das duas”, afirma Ana Elisa Souza, criadora de conteúdo nas plataformas Privacy e OnlyFans e que há mais de 5 anos cria conteúdo nessas redes para seu sustento . 

Descrição de imagem: mulher, loira, branca, com preenchimento labial. Ela usa vestido de manga cumprida, verde com bolinhas brancas.

Ana Elisa acrescenta que, para além de criar uma conta nas plataformas, é necessário muito trabalho e domínio sobre redes sociais: “A divulgação é a parte mais importante para a produção de conteúdo no OnlyFans, Privacy, e plataformas semelhantes. O que mais importa é isso. Você ser ativa nas suas redes sociais. Eu uso Instagram e TikTok para divulgar, muitas meninas usam Twitter e Reddit. Acho que a melhor plataforma é aquela que você consiga se divulgar e tenha maior familiaridade”, destaca. 

Apesar dos desafios, a criadora de conteúdo para adultos garante que o retorno vale a pena e transformou a sua vida, ajudando-a a conquistar a sua independência financeira.

“Hoje em dia sou totalmente independente graças ao OnlyFans e Privacy. Já trabalhei, e assim, nem se compara ao tempo de horas que eu passava trabalhando com o tempo do OnlyFans, que vou lá, produzo conteúdos, me divulgo e tenho um retorno muito maior. Não quer dizer que não tenha trabalho, tem seu trabalho sim, mas o retorno vale muito a pena, não me arrependo de ter feito. Mudou minha vida”, acrescenta. 

Ana Elisa é uma entre mais de 2 milhões de criadores de conteúdo no OnlyFans e mais um caso de jovem que abandonou a possibilidade de se inserir no mercado tradicional para faturar no mercado digital. “Investindo no digital eu estou segura e no conforto da minha casa. Tenho o apoio dos meus amigos e a pessoa que mais me apoiou foi o meu namorado, que inclusive me incentivou a criar as contas”, completou. 

Além das plataformas para compartilhamento de vídeo adulto, as redes sociais abrem espaço para o mercado de influenciadores. Uma pesquisa da Nielsen, empresa norte-americana líder mundial em medição de dados e análises de audiência, revela que mais de 500 mil pessoas trabalham como influenciadores no Brasil. Esse número ultrapassa a quantidade de engenheiros civis e médicos no país.

O Instagram, por exemplo, já ultrapassou a marca de 1 bilhão de usuários ativos, e,  aqueles que têm mais seguidores e engajamento conseguem ganhar dinheiro com produtos próprios e parcerias com diferentes marcas. 

Esse é o caso do Marcus Vinicius, mais conhecido como Colé Markim, morador de Ribeirão das Neves e influenciador digital, que se sustenta através das publicidades. Para ele, as melhores são as fixas, porque garante maior segurança financeira.  “Já tem mais de um ano que estou com a KTO, site de apostas, e eles me mandam produtos, fazem cupom com meu nome e é uma coisa a longo prazo. É uma marca que me paga para ter meu nome associado e não pelo número de postagens que faço”, conta Marcus. 

Mas também tem o atendimento padrão. “O que eu tenho pra vender é a foto no feed, reels ou uma sequência de stories, além de participação em uma live ou a presença em algum evento. E é assim que eu ganho meu cascalho! Mas, também tem a troca de serviços, por exemplo, eu estava doido para arrumar meus dentes e uma clínica odontológica me ofereceu o serviço em troca de divulgação. Isso é muito bom pra mim, porque você cria uma identificação muito boa e confiança.”, relata o influencer. 

Confira aqui o primeiro episódio da série Preto Parker no Multiverso, criada pelo influencer.

Primeiro episódio da série Preto Parker no Multiverso, criado pela dupla Cole Markim e Thiago Souza.

Dentro dessa realidade, a fim de ajudar os influencers, surgiu a Challenged Comunicação, uma agência que assessora esses usuários que querem ter mais visibilidade na mídia. Para o fundador Rafael Bruno, o maior desafio é estar por dentro do que acontece na mídia para conseguir visualizações nos vídeos dos clientes.  

“O maior desafio que a gente tem hoje na agência é não deixar que os nossos influenciadores fiquem obsoletos. Estamos sempre inovando em busca de novos métodos, acompanhando todas as tendências do momento, de influenciadores e vários mercados, como futebol, moda, humor… estamos sempre antenados em tudo que acontece e repassamos tudo isso aos influenciadores”, afirma o Rafael Bruno, fundador da Challenged.  

E os seus clientes concordam! É necessário estar em constante produção. “Hoje, como a informação corre muito rápido, a internet, se eu postar um vídeo hoje e ele der muito bom, amanhã já tenho que pensar em outro, porque o que passou, passou. Passa tudo muito rápido”, conta Marcus Vinicius. 

Descrição de imagem: Homem, preto, que usa aparelho e usa boné, segurando dois potes de iorgute da marca Porto Alegre. Ele está sentado em uma cadeira, em frente a uma mesa com vários produtos da marca, como manteiga, queijo e requeijão.
Cole Markim fazendo divulgação para a marca Porto Alegre. Crédito: Arquivo pessoal.

De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o mercado digital está ligado às empresas que utilizam da tecnologia para o desenvolvimento e  a comercialização de produtos e serviços, proporcionando uma interação entre consumidores e fornecedores cada vez mais fortes. 

Dentre as principais áreas do mercado digital, convém ressaltar a criação de conteúdo, soluções tecnológicas, comércio eletrônico, consultoria online, gestor de mídias sociais e marketing digital.

Em uma conversa dinâmica com as colaboradoras da MAP, agência de marketing digital para microempreendedores, esse podcast trás alguns mitos e verdades de como crescer no mercado digital. Ouça aqui: 

Digital cast com mitos e verdades de como crescer no mercado digital, com Ana Amélia e Pollyana Loredo.
Matéria escrita pelos alunos de jornalismo, Leonardo Morais e Malu Rabello, já o podcast foi executado pela alunas Kemilyen Freire e Isabela Alvim. Todos foram orientados pela professora e jornalista Maiara Orlandini.

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Colab é o Laboratório de Comunicação Digital da FCA / PUC Minas. Os textos publicados neste perfil são de autoria coletiva ou de convidados externos.

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