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Paralimpíadas: a medalha invisibilizada do Brasil 

As Olimpíadas de Paris 2024 se encerraram, mas a fome de medalha, não. As paralimpíadas se iniciam dia 28 de agosto de 2024 e vão até 8 de setembro e prometem um grande número de medalhas para o Brasil. Ao longo das 24 edições das Olimpíadas, o Brasil teve um total de 170 medalhas. Já nos jogos Paralímpicos, o Brasil já conquistou 373, mais que o dobro, e ainda falta pódio a ser escalado na cidade das luzes. 

Na última edição dos Jogos Paralímpicos, em Tóquio 2020, o Brasil ficou em sétimo colocado no quadro geral de medalhas e este ano as projeções são boas. Phelipe Rodrigues, classificação S10,  é o atleta brasileiro convocado para os Jogos Paralímpicos de Paris com mais medalhas na história da competição. O nadador da classe S10 (limitações físico-motoras) é o único a ter oito medalhas paralímpicas na carreira.  

Daniel Dias, atleta de classe S5, é o maior medalhista paralímpico brasileiro e se aposentou depois de Tóquio. São 27 medalhas em Paralimpíadas: 14 ouros, 7 pratas e 6 bronzes, mais do que qualquer nadador, olímpico e paralímpico.  

Na edição 2024, recordes já estão sendo quebrados antes mesmo da cerimônia de abertura, marcada para esta quarta às 15h, horário de Brasília. A delegação brasileira anunciada para os jogos de Paris é a que soma maior número de atletas para uma edição dos Jogos fora do Brasil. São 255 atletas com deficiência em 20 das 22 modalidades dos Jogos Paralímpicos, além de 19 guias (sendo 18 do atletismo e 1 do triatlo), três calheiros do bocha, e um timoneiro do remo, totalizando 280 competidores no evento, segundo o Comitê Paralímpico Brasileiro

As mulheres vão em massa, 116 estarão em Paris, o que representa quase 46% dos competidores. Com isso, a convocação se torna a maior de toda a história feminina. 

Outro fato relevante é que a competição paradesportiva de Paris 2024 conta com 549 provas com medalhas, mais do que os Jogos Olímpicos, que tiveram 329 provas. Cerca de 4.400 atletas de 180 Comitês Paralímpicos Nacionais são esperados para competir, além de uma Equipe Paralímpica de Refugiados e de Atletas Paralímpicos Neutros. 

Classificação Esportiva Paralímpica 

Um diferencial das paralímpiadas é a Classificação Esportiva Paralímpica (CEP), que agrupa os atletas de acordo com o impacto da deficiência na ação motora da modalidade específica para determinar em qual modalidade se encaixam e com quais outros esportistas irão competir. 

Cada modalidade esportiva exige diferentes ações motoras, como correr, saltar, nadar, propulsionar uma cadeira de rodas, remar, atirar. Por isso, o impacto da deficiência em cada esporte também difere. Dessa forma, a classificação é única para cada modalidade. 

Se o atleta se enquadra em pelo menos 1 dos 10 tipos de deficiência, seja física, visual ou intelectual descritas no quadro, são submetidos aos processos que identificam em que classe e status o atleta deve competir.  

As classes se dividem em 3 grandes grupos: PI (do inglês, physical impairment), referente a deficiência física; VI (de visual impairment), para atletas com deficiência visual; e II (intellectual impairment), relacionado a deficiência intelectual. 

A classificação considera o gesto motor específico de cada modalidade esportiva. Por exemplo, duas pessoas com amputação de mão podem parecer ter a mesma deficiência, mas o impacto dessa perda em uma corrida é diferente do impacto na natação. 

Para identificação de cada atleta, são utilizados uma letra e o número, que podem variar de acordo com a modalidade. A letra se refere ao nome do esporte em inglês, por exemplo A letra “F” (de field, em inglês) é utilizada para provas de campo, como arremessos e lançamentos e a letra “T” (de track, em inglês) é utilizada para corridas de velocidade, fundo e saltos.  

O número direciona para o grau da deficiência, quanto menor o número, maior a deficiência e menor a funcionalidade. Na natação, por exemplo, as classes variam de S1 a S10. O S1 é o atleta com mais comprometimento e o S10, com mais funcionalidade. 

Linha do tempo 

Os Jogos Paralímpicos surgiram para incluir soldados feridos na II Guerra Mundial. Em 1944, a pedido do governo britânico, o médico Ludwig Guttmann abriu um centro especializado em lesões na coluna, onde a reabilitação por meio do esporte evoluiu de recreacional para competitiva.  

médico Ludwig Guttmann foi um dos primeiros a promover esportes para pessoas com deficiência – Foto: Rede do esporte

Em 1948, na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres, Guttmann organizou a primeira competição em cadeiras de rodas e chamou de Jogos de Stoke Mandeville, o nome do hospital em que era realizado. A primeira vez que a competição foi chamada Jogos Paralímpicos foi em Roma, em 1960, com 400 inscritos de 23 países.  

A primeira participação brasileira em uma paralimpíada aconteceu em 1972, na Alemanha. A primeira medalha brasileira foi obtida por Robson Sampaio Almeida e Luís Carlos Coutinho na Bocha, nas competições de 1976, em Toronto. 

Os rostos das medalhas brasileiras 

Atletas como Leomon Moreno, classificação B1, da seleção brasileira e do Santos Futebol Clube de goalball, se preparam desde 2021, ao final das Paralimpíadas de Tóquio, para os Jogos de Paris. Segundo o esportista, a seleção passa por uma fase de treinamento por mês, no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo: “Normalmente os atletas passam dez dias juntos, treinando de domingo a domingo, de 2 a 3 vezes ao dia, antes de voltar ao clube de origem”, conta. Moreno se mostra confiante para as Paralimpíadas, pois os atletas se dedicaram aos treinos diários e se mantêm unidos por um sonho em comum. 

Leomon Moreno passou dificuldades para se estabelecer financeiramente com o esporte, o que é a realidade de muitos paratletas. Sua trajetória começou por influência dos irmãos mais velhos, que também são deficientes visuais e praticavam o goalball . Anos mais tarde, ele se estabeleceu no esporte e conheceu sua esposa, Milena Alice Nogueira que é atleta da mesma modalidade e no mesmo clube. 

Modalidade paralímpica 

O goalboll é a única modalidade paralímpica que não foi adaptada das olimpíadas e foi desenvolvido exclusivamente para pessoas com deficiência visual. As partidas são realizadas em dois tempos de 12 minutos, com três minutos de intervalo. Cada equipe conta com três jogadores titulares e três reservas. De cada lado da quadra, há um gol. Os atletas são, ao mesmo tempo, arremessadores e defensores.  

A bola tem um guizo para que os jogadores saibam sua direção. O goalball é um esporte baseado nas percepções tátil e auditiva, por isso, não pode haver barulho no ginásio durante a partida. 

Leomon Moreno ergue o braço durante treino em Troyes | Foto: Alessandra Cabral/CPB

“A nossa orientação dentro de quadra é audição e a orientação tátil. A nossa quadra tem uma marcação com a fita por cima de um barbante para causar um relevo no chão e a gente poder nos situar” – Leomon Moreno 

Leomon foi eleito o melhor atleta paralímpico do Brasil em 2014, entre todas as modalidades, por voto popular. Para ele, foi um momento marcante na carreira, mas o paratleta admite que não é só o reconhecimento o único elemento que o motiva. 

Isso fica marcado na história, é uma parte da minha carreira que sempre vai ser lembrada, vai servir como inspiração e até como referência também. Mas isso tudo para o dia a dia acaba sendo um detalhe, porque o atleta, quando se propõe a estar renovando os votos com o esporte, a estar evoluindo a cada dia, buscando mais conquistas, precisa saber que qualquer outro tempero sem ser a dedicação diária é mero detalhe.” 

Leomon mostra sua preocupação com o esporte e com os paratletas de diversas maneiras, como, por exemplo, estabelecendo-se como presidente do Conselho de Atletas do CPB. Segundo ele, as principais reivindicações são melhorias nas condições de competição e de treinamento, na parte estrutural, nas áreas médicas e fisioterápicas.  

Preparação para os pódios 

Muitos outros atletas se preparam e estão com as emoções à flor da pele, como o Mesatenista Lucas Arabian, classificação 5, que está com grandes expectativas para trazer medalhas para o país. O atleta já carrega diversas conquistas como Ouro nas duplas mistas XD4-7 e prata no individual masculino e nas duplas masculinas MD8 nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023. 

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Lucas Arabian

Fernanda Yara, classificação T47, paratleta escalada para os jogos de Paris, concedeu entrevista ao Colab com um grande sorriso, mas sem esconder sua ansiedade. Medalhas combinam com a atletista, que acumula conquistas como ouro nos 400m no Mundial de Kobe 2024, ouro nos 400m e prata nos 100m e 200m nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023. 

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Fernanda Yara

Para lidar com tanta ansiedade, o psicológico dos atletas é tão bem cuidado quanto o corpo na preparação para as paralimpíadas. Segundo Fabrizio Rodrigues Veloso, coordenador de psicologia do CPB, a preparação mental de atletas é feita desde o início do ciclo de quatro anos e é realizada tanto em grupo, com todos os atletas da modalidade, quanto de forma individualizada. Ele explica que as demandas são realizadas periodicamente, adequando-se à necessidade de cada atleta, em cada treino e etapa da competição.  

Esses acompanhamentos são feitos em treinamento, individualmente, nos períodos de competições e no período de jogos, em que a gente também se propõe a uma manutenção, imaginando que nessa etapa toda o trabalho de treino mental e de preparação mental já foi desenvolvido. A manutenção é feita a partir da necessidade de fazer ajustes, refinamentos.” 

A nutrição também é uma preocupação na preparação dos atletas. Monique da Cunha Moreira, coordenadora de nutrição do Comitê Paralímpico Brasileiro, explica que a dieta também é realizada de maneira personalizada, de acordo com a tabela de treinamento e objetivo de cada competidor. “A gente entende a composição corporal dele de acordo com a modalidade, para ver se precisa ganhar, se precisa perder, se precisa manter, e depois a gente vai para a Planilha de Treino, entende como que é a modalidade e qual o objetivo, e aí a gente planeja as 24 horas do atleta”. 

Mídia x paralimpíadas

As Olimpíadas de Paris 2024 tiveram um grande impacto no país, que se juntou para torcer pela manobra perfeita no skate executada por Rayssa Leal, pelo salto cravado de Rebeca Andrade e a medalha na última partida da rainha Marta com a camisa da seleção. Tudo isso foi impulsionado pelas plataformas de streaming, em especial o “Cazé TV”, que teve um alcance de 41 milhões, e o canal Globo, que mudou toda a programação para transmitir a trajetória dos atletas em Paris.  

Mas as paralimpíadas não terão a mesma visibilidade, mesmo que tragam muito mais medalhas ao nosso país. Os jogos, que se iniciam nesta quarta, 28 de agosto, serão transmitidos no Sport TV 2 (canal fechado), com apenas 8, das 22 modalidades, e no YouTube do Comitê Paralímpico Internacional, sem tradução para o português. A Globo apresentará um boletim diário direto de Paris, sob o comando da jornalista Joanna de Assis e o nadador medalhista paralímpico Daniel Dias. 

A falta de visibilidade das paralimpíadas é discutida por Tatiane Hilgemberg, professora da Universidade Federal de Roraima (UFRR) e especialista em mídia e paralimpíadas. Desde 2005, ela estuda o assunto e relata sua percepção de que as paralimpíadas, em comparação com as olimpíadas, são transmitidas em menor escala.  

“A transmissão dos jogos paralímpicos tem falhas não apenas na questão quantitativa, mas também qualitativa”, como explica Hilgemberg. Segundo ela, há uma “estereotipia na cobertura dos jogos paralímpicos, por meio da narrativa do herói”. Ela explica que, diferente da narrativa de um atleta sem deficiência que, por exemplo, teve dificuldades financeiras ou uma lesão, a história de superação do atleta paralímpico é contada a partir do seu próprio corpo.  

É construído uma ideia de que ele (paratetla) precisa superar a deficiência que é constituinte da sua própria identidade. Então é uma ideia de que aquele corpo é ineficiente, é incapaz, é improdutivo e por isso, só pelo fato de os atletas estarem ali, competirem numa num evento que é de alto rendimento – mas que não é construído pela mídia como se fosse de alto rendimento – eles devem ser ovacionados”. 

O fato de os atletas não terem tanto tempo de mídia contribui para que, muitas vezes, as deficiências sejam invisibilizadas, ou seja, é um problema social e não apenas para cada atleta. Isso dificulta a naturalização de todos os corpos. “Quanto mais acesso nós temos a estéticas corporais diversas, mais fácil que aqueles corpos se sintam inseridos na sociedade”, explica Tatiane, que ainda complementa que o esporte traz uma representatividade ainda mais evidenciada, por ser um campo em que os corpos são vistos como produtivos, eficazes e potentes.

Ao longo das paralimpíadas estudadas por Tatiane, desde a de 1996, em Atlanta, ela percebe que há uma evolução no tratamento que a cobertura midiática vem sendo realizada, por exemplo, nas terminologias utilizadas: de 1996 para o ano 2000, o termo “normal” deixou de ser utilizado para se referir a pessoas sem deficiência.  

Outra mudança significativa abordada pela pesquisadora foi o aumento da cobertura jornalística de 2000 para 2004. Ela explica que o Comitê Paralímpico Brasileiro passou a entender a importância de os profissionais da comunicação estarem no local e, a partir disso, passou a convidar e custear a ida dos jornalistas para acompanhar os Jogos Paralímpicos, além de mandar vários materiais audiovisuais para os veículos.  

De acordo com as pesquisas, o baixo consumo dos jogos paralímpicos é diretamente proporcional à oferta midiática. Tatiane acredita também que se houvesse uma pré-cobertura das paralímpiadas, se a história dos atletas fosse levada às massas e se a mídia criasse expectativa para um grande número de medalhas – mais que o dobro do que as Oimpíadas – haveria uma procura maior.  

Essa sociedade está pronta para consumir, mas ela não tem a oferta daquele tipo de consumo para ela sentir que vale a pena despender do seu tempo para assistir a este evento específico.”

Paradesporto em BH

Em Belo Horizonte, um caminho para atletas com deficiência é a Associação Paradesportiva e Esportiva de Belo Horizonte (APEBH). Fundada em 2012, tem a finalidade de trazer para BH motivação e incentivo para atletas com deficiência, lutando no dia a dia por uma vida melhor em comunidade. 

Referência do esporte paralímpico em Belo Horizonte, a APEBH já teve a convocação de duas atletas de goalboll, um técnico e um mesatenista para a Fase de Treinamento junto à Seleção Brasileira de Base, e estão trabalhando para ter atletas da APEBH nas paralimpíadas de Los Angeles, em 2028.  

Para Amanda Alether, diretora administrativa e atleta de Bocha Paralímpica da APEBH, o Brasil é uma potência paradesportiva e está em evolução constante. Amanda conquistou o 3° lugar no I Campeonato Universitário do país representando a PUC Minas. Em 2018, após ficar em 3° lugar no Regional Leste pela APEBH participou de seu primeiro Campeonato Brasileiro de Bocha Paralímpica. Em 2021, ficou em 2° lugar no Campeonato Brasileiro Intermediário Feminino de Bocha e, em 2023, ficou em 3° lugar no Campeonato Brasileiro. 

Papel social do esporte 

Belo Horizonte apresenta opções de esportes para pessoas com deficiência- Foto: Barão Castro / APEBH

Segundo Ramon Pereira, diretor de Desenvolvimento Esportivo do CPB, desde 2017 o comitê vem ampliando as ações dentro da comunidade escolar, com as paralimpíadas escolares, camping escolar paralímpico, escolas paralímpicas e festivais. 

Amanda Alether também diz que o esporte desempenha um papel importante em diversos sentidos. Além de ser uma atividade física, promove aspectos como trabalho em equipe e socialização. Para ela, o esporte educa, impõe regras e ressalta aspectos como tolerância, união e respeito.  

A pessoa com deficiência, assim como qualquer outra pessoa, tem desejos e vontades. Somos muito mais que nossas deficiências e existe um mundo de possibilidades que queremos alcançar.” (Amanda Alether)

Perspectivas de superação 

Embora pesquisadores do campo da comunicação que se debruçam sobre estudos em relação à construção da imagem do atleta paralímpico, indiquem a importância que as histórias não precisam ser construídas apenas na proposta da jornada do herói, conforme a fala de Tatiane Hilgemberg, essa ideia não é unanimidade no meio paralímpico. Diferentes atletas criam maneiras para narrar a própria história e ressignificar suas experiências. 

No caso de José Afro, outro paratleta, a perspectiva da superação se destaca como um elemento de valor. Ele, que sempre praticou esportes como ciclismo, corridas e musculação, sofreu um acidente em fevereiro de 2023, e teve a perna esquerda amputada. Após um período de recuperação, tentou voltar a praticar musculação na academia sem prótese, mas não se sentia confortável. Em 2024, voltou aos esportes com aulas de vôlei sentado e ciclismo, para se manter saudável e pelo prazer, mas ele conta que a falta de acessibilidade no acesso aos lugares de treinamento, tornaram sua motivação fraca “eu não estava conseguindo me adaptar a esporte nenhum”, ele declarou. 

Para Afro sua volta à normalidade aconteceu depois da sua cirurgia de osseointegração. “Me trouxe de volta uma capacidade que eu não imaginava que você ia possível”. Bruno Souto, ortopedista responsável pela cirurgia de José Afro, ressalta a importância do condicionamento físico e a preservação dos hábitos esportivos que ajudaram em todo o processo de recuperação e a manter um estilo de vida saudável. O médico fala sobre o processo de voltar a andar. “José afro aprendeu a andar três vezes, quando criança, depois que foi amputado e novamente depois da cirurgia, todas elas de uma forma totalmente diferente”. Para Afro, era muito importante conseguir andar com a prótese de forma segura: “eu sempre desejei muito ter uma marcha natural […] porque eu tinha uma impressão de que se alguém me visse usando prótese e mancando haveria um prejulgamento sobre dificuldade com prótese, mas o inverso é tão forte, quando a pessoa me vê usando prótese e caminhando bem e de cabeça erguida ela me enxerga como um vencedor”, comenta.  

Bruno Souto comentou a atenção da mídia no acidente e na recuperação de José Afro, que teve uma cobertura da mídia de um modelo classificado por Tatiane Hilgemberg como a “história do herói” no qual a recuperação do atleta e feita pela superação da sua deficiência ao invés de aceitá-la como parte de sua identidade.  

O ciclista comenta a importância de dar visibilidade aos atletas paralímpicos de alto rendimento para incentivar a prática do esporte por PCDs. 

Evolução do nome Paralimpíadas

Originalmente, o nome dos jogos paralímpicos vinha da combinação das palavras paraplégico e Olimpíadas, focando em pessoas com paralisia, sendo conhecido como paraolimpíadas. 

A partir de 1988, o significado da palavra “Para” foi ressignificado para “ao lado de” (do grego “para”), destacando que os Jogos Paralímpicos acontecem em paralelo aos Jogos Olímpicos. Dessa forma, a terminologia inclui atletas com outras deficiências, além da paralisia. 

Reportagem produzida por Mariana Brandão e Mariele Ferreira sob a supervisão da Professora Verônica Soares.
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