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Seth Kugel: “A liberdade de imprensa é mais protegida nos EUA”

Seth Kugel no metrô de Nova York

Seth Kugel no metrô de Nova York / Acervo pessoal

Seth Kugel é, definitivamente, o gringo mais brasileiro do YouTube. Em seu canal, Amigo Gringo, o americano ensina, em português, dicas de viagem para turistas que pretendem conhecer os Estados Unidos e a cidade de Nova York. Com um jeito sarcástico e irreverente, ele ganhou muitos fãs no Brasil e fez aparições em diversos programas de TV, como The Noite, Programa do Porchat e Programa do Jô.

Curiosamente, apesar de ter nascido em Boston, cidade que abriga grande contingente de brasileiros expatriados, sua relação com nosso país começou apenas na vida adulta, quando já morava em Nova York. Por influência de um conhecido, ele começou a estudar português e decidiu visitar o Brasil, para aprender mais sobre o idioma. Ali, em uma viagem de barco pela Amazônia, começava uma relação que já dura quase duas décadas.

Além de youtuber, Seth é jornalista e colabora há mais de 20 anos no The New York Times, tendo escrito mais de mil matérias para o jornal. No passado, assinou duas colunas por lá, The Frugal Traveler a mais conhecida. Em outubro de 2020, semanas antes da eleição presidencial estadunidense, ele nos concedeu uma entrevista direto de Nova York e falou sobre o seu início no NYT, as diferenças entre o jornalismo americano e o jornalismo brasileiro, o futuro da profissão e mais.

No vídeo abaixo, ele sai em busca de cachaça caseira em Minas Gerais:

Confira a entrevista:

Além de apresentar o canal do YouTube Amigo Gringo, há cerca de 20 anos você é colaborador do The New York Times, em que também já foi colunista fixo. Como começou a sua relação com esse jornal?

Seth Kugel: Quando eu tinha 28 anos, trabalhava na prefeitura da cidade de Nova York e comecei a fazer um curso à noite. O curso era basicamente sobre como começar sua carreira como escritor freelancer e a professora nos explicou que tipo de matérias e artigos eram melhores para serem aceitos.

Era 1998, o primeiro Natal em que as pessoas realmente estavam comprando pela internet, então, escrevi um artigo cômico sobre fazer compras online, e a professora falou: “Manda para o New York Times, só para ver. Se eles rejeitarem, você manda para outro lugar”.

Mandei, aceitaram. Mandei outra matéria meio engraçada algumas semanas depois, aceitaram de novo. Daí o editor desta segunda matéria pediu para eu mandar mais ideias, e  eu comecei a escrever sobre cidade de Nova York, notícias, locais e, bom, daí tudo rolou.

Como é sua relação com o jornal hoje?

O caderno de viagens parou de ser publicado, devido à pandemia. Então, há vários meses não escrevo nada para eles. Mas eu poderia. Mantenho uma boa relação com o jornal, só que freelancer precisa de outras coisas também.

Estou muito focado no meu canal do YouTube, Amigo Gringo, e em uma empresa que eu estou participando também. Então, por agora, fazer trabalhos para o New York Times ‘está na lista’. Neste momento, acho que vai demorar alguns meses até eu voltar. Mas está totalmente aberto. Eu escrevo para qualquer editor com uma pauta e ele decide, sim ou não.

No seu canal, há muitos inscritos que perguntam a respeito da carreira jornalística aí nos EUA?

Não, não é tão comum. Eu diria que não há muitos inscritos que me perguntam sobre jornalismo. Eu até falei hoje, por coincidência, com uma brasileira que estuda jornalismo em Londres e que queria dicas para entrar no New York Times. Infelizmente, eu não tenho muitos segredos sobre isso. É muita sorte que você precisa, além de ser um puta jornalista.

Você acha que há a possibilidade de jornalistas brasileiros conseguirem atuar no mercado norte-americano ou ele é fechado em relação a profissionais estrangeiros?

Não é fechado a profissionais estrangeiros. É fechado a profissionais estrangeiros que não falam e escrevem fluentemente o inglês. E não estou falando de falar fluentemente para poder dar uma palestra, estou falando de escrever o inglês como nato. E tem poucos! Poucos jornalistas que conseguem fazer isso. Mas, existem.

Eu sei que no New York Times tinha uma jornalista brasileira, a Fernanda Santos, mas ela entrou depois de fazer mestrado nos Estados Unidos e trabalhar, sei lá, dez anos em jornais menores.

Eu sei que agora tem um brasileiro escrevendo no New York Daily News; e tem um brasileiro que é colunista gráfico no Washington Post, mas o inglês dele é basicamente perfeito e ele trabalhou muito tempo no New York Times. Tudo depende da língua, né? Não tudo, porque você tem alguns colunistas estrangeiros – o New York Times acho que tem uns 30 – que escrevem uma vez por mês e alguns acho nem escrevem em inglês. Mas isso é exceção, não é normal.

Se você pode escrever em inglês e ninguém consegue deduzir que você não é nativo, acho que você tem chances iguais a todo mundo. Se você vai trabalhar aqui, você obviamente precisa de documentos, mas para ser freelancer de outra parte do mundo e contribuir, se o seu inglês é perfeito, não importa se você é americano ou não. 

Para se tornar um jornalista nos Estados Unidos há um curso específico nas faculdades ou o caminho é diferente do sistema brasileiro?

O sistema é diferente. Você não tem que ter estudado jornalismo, de jeito nenhum. O mais comum é as pessoas estudarem outra coisa e escreverem e trabalharem no jornal da faculdade.

Muitas faculdades têm jornais diários e bem profissionais. Eu estudei ciências políticas e escrevi no jornal, mas minha carreira não começou aí. Foi só cinco, seis anos depois, como já expliquei.

Aqui no Brasil, há uma longa discussão sobre a regulamentação da profissão. Hoje, apesar de existirem cursos Jornalismo nas faculdades, você não precisa ser formado na área para trabalha. Qual a sua opinião a respeito?

Para mim não tem discussão nenhuma. No Brasil você precisa de documentos e cursos para tudo; aqui você só precisa de um curso ou exame para ser médico, advogado, engenheiro… Só as coisas que realmente podem matar as outras pessoas (risos).

Eu não entendo por que o jornalista precisaria fazer o curso de jornalismo. Se você quer colocar um exame básico, porque sabe que o jornalista tem que colocar coisas certas e não mentiras, talvez (risos). Mas eu nunca entendi por que o curso de jornalismo é tão importante.

Nos Estados Unidos, o sistema universitário é focado nos campos acadêmicos: ‘Liberal arts’, como a gente diz. Você estuda uma disciplina e, depois, se você precisa treinar profissionalmente, você vai fazer o mestrado e o doutorado.

Nem podemos estudar Direito aqui na graduação. Você tem que estudar outra coisa e depois fazer a faculdade de Direito. Igual Medicina. Para mim, funciona muito bem você escrever no jornal da faculdade e aprender aí.

Como um jornalista que já viveu nos dois países, quais você acredita serem as principais diferenças entre o jornalismo feito no Brasil e nos EUA? E as principais semelhanças?

Na imprensa escrita eu acho que não tem uma grande diferença. O que tem é uma coisa de escala. A imprensa nos Estados Unidos tem muito mais dinheiro, o que dá muito mais possibilidades. Não todos os jornais, mas os grandes jornais têm mais correspondentes internacionais, e o que a gente escreve, por ser em inglês, tem mais repercussão, né? Então isso se espalha mais facilmente pelo mundo.

Para os repórteres dos Estados Unidos, também é um pouco mais fácil. Por exemplo: se eu sou do New York Times e eu ligo para o presidente da Dinamarca, provavelmente ele me liga no mesmo dia, talvez na mesma semana. Se eu sou da Folha de S. Paulo, eu não sei se ele vai me ligar de novo. Então é um pouco mais fácil.

Mas, muitas vezes, eu vejo coisas nos jornais do Brasil que a gente também tem e eu acho que muitos jornais brasileiros ou funcionam igual aos Estados Unidos, ou, às vezes, copiam. Tem muitas coisas na Folha que parece que copiaram de algum jornal americano. Mas não sei, pode ser que o jornal americano copiou deles. Mas é muito parecido. Eu não acho que isso seja só no Brasil e nos Estados Unidos, acho que todo mundo se imita.

Eu diria também que, na minha impressão, apesar de todas as reclamações da imprensa nos Estados Unidos e no Brasil, a imprensa é relativamente livre nos dois lugares. Eu acho que uma grande diferença é que a liberdade da imprensa é mais protegida nos Estados Unidos. Eu já vi jornal no Brasil publicar alguma coisa e, depois de passar pela justiça, ele ter que colocar na capa alguma coisa dizendo que errou. Isso não acontece aqui. É muito mais difícil reclamar de que algo que se escreveu nos Estados Unidos.

Eu acho que Brasil e Estados Unidos têm grandes jornais de repercussão nacional como a Folha, o Estadão, o Globo… Também tem revistas, como a Veja… Mas, o que eu não vejo no Brasil são jornais locais independentes e muito lidos. Eu não sou especialista, mas pelo que eu entendo, os jornais locais no Brasil são um pouco mais controlados pelos políticos. Sei lá, um senador controla ondas de rádio em um jornal local.

Eu sei que não é sempre assim, mas eu acho que o jornal local funciona melhor nos Estados Unidos do que no Brasil. Claro que, agora, nos últimos dez anos, os jornais locais daqui estão sofrendo muito por falta de verba. Muitos estão fechando. Nós estamos perdendo essa tradição. Já no Brasil, não sei se essa tradição existiu. Mas, com certeza, quando eu viajo para outras cidades no Brasil, fora o Sudeste e, talvez, Porto Alegre, eu não vejo muito jornalismo muito bom nos jornais locais. Não dá para dizer que não existe, eu tenho certeza que existe, mas estou falando da minha experiência pessoal.

Da TV eu não posso falar muito, mas tem uma grande diferença porque aí tem a Globo que domina as coisas. A gente sabe que a Globo tem uma história bem controversa. A gente não tem nada parecido aqui. Mas eu não sou tão especialista na TV do Brasil. Então, eu não vou tentar comentar. Mas não é o sistema que tem aí, que tem um Jornal Nacional que você fala “Jornal Nacional” e todo mundo sabe do que você está falando.

Além do inglês, você fala outras línguas, como português e espanhol. Na profissão, quais foram os principais benefícios que o domínio de outros idiomas trouxe?

Acho que todo jornalista tem que ter algum truque, né? Tem que ter algo que o distingue dos outros. Pode ser muitas coisas. Tem jornalistas, por exemplo, que são médicos, aí eles têm mais legitimidade escrevendo sobre medicina.

Eu acho que falar português, espanhol e um pouco de francês também ajuda enormemente. Primeiro, você não pode ser jornalista no Brasil, no México ou na Argentina sem falar espanhol ou português. Então é 100% necessário. Eu posso afirmar, com certeza, sem dúvida nenhuma, que eu não teria tido o sucesso que eu tive sem falar espanhol.

A minha vantagem, nos primeiros anos de profissão, era poder escrever sobre as comunidades de imigrantes latino-americanos em Nova York. Essas muitas matérias que eu fiz, 98% dos jornalistas do New York Times não iam conseguir fazer, por não falavam espanhol. Na verdade, isso [as reportagens com a comunidade latina] é responsável pela minha carreira. Eu não tinha quase nada de treinamento para fazer uma matéria. Eu nem escrevi matérias de notícias na faculdade, eu escrevi só colunas. Mas falar espanhol fez toda a diferença.

Neste momento de grande polarização política, ser jornalista no Brasil não tem sido uma tarefa fácil. Expor suas opiniões e lados em discussões – políticas, principalmente – pode gerar grandes dores de cabeça. Aí nos EUA, como tem sido a realidade dos profissionais da comunicação?

Olha, eu não vejo tanta diferença entre Estados Unidos e Brasil na polarização. Acho que a gente desenvolveu esse problema de fake news e de não confiar nos jornalistas simultaneamente.

Claro que parte da culpa é do jornalismo, né? Os jornalistas cometem muitos erros, e o outro lado, que não gosta dos jornais e quer deslegitimar, aproveita esses erros e magnifica.

Eu não sei se é difícil ser jornalista nos Estados, mas é muito… É, na verdade eu não escrevo sobre política, então não vou poder comentar exatamente em primeira primeira mão. Mas, você não tem uma fonte em que todo mundo confia, e isso é problemático, obviamente. Traz dor de cabeça, sem dúvidas.

A gente está vivendo duas realidades, e eu acho que no Brasil é muito parecido.

Os Estados Unidos tem órgãos ou sindicatos que protegem os jornalistas?

Sindicatos existem, mas não em todos os jornais. E órgãos que protegem… tem os órgãos internacionais que protegem os jornalistas.

Acho que a gente não tem o mesmo problema que tem Brasil: poucos jornalistas são assassinados aqui. Então, é mais para coisas internacionais.

Quais veículos de notícias brasileiros, americanos ou de outras nacionalidades você lê ou assiste no tempo livre?

Eu ainda recebo o New York Times diário, em papel. Eu leio todos os dias para escapar das telas do computador e do celular. Eu não vou desistir disso porque eu passo muito tempo em máquinas e telas e telões.

Também sou assinante do Washington Post, que é outro jornal que acho importante, além do Wall Street Journal. Recebo a revista New Yorker e a revista New York, que é um pouco mais local que a New Yorker; e escuto muito a National Public Radio (NPR), que é a nossa rádio pública nacional, que é muito respeitada.

Até agora, mencionei todos os veículos que, em teoria, são de esquerda, né? Eu, na verdade, diria que são de centro-esquerda. Então, para equilibrar um pouco isso, quando eu alugo carros, eu sempre escuto a rádio de direita dos Estados Unidos, que é realmente uma das fontes mais importantes para a direita, que não confia tanto nos jornais.

Às vezes eu também escuto a Fox Radio no aplicativo. Todos os veículos de direita mais famosos são da Fox. Também vejo os sites da Fox News. Na verdade, eu acho que isso é algo que todo mundo precisa. A Fox News fala muito besteira, mas não tanto quanto as pessoas pensam.

Mesma coisa se você é fanático da Fox News e pensa que tudo que o New York Times faz é besteira. Eles só destacam os erros do outro lado. Então, eu gosto de assistir.

Normalmente, os jornalistas consideram essas fontes de direita muito irresponsáveis. O Wall Street Journal seria o veículo de direita que é mais responsável. Mas eles não são tão irresponsáveis quanto a gente pensa, por isso acho tão importante.

Veículos como New York Times não são tão responsáveis quanto a gente pensa, por isso eu tento variar um pouco.

Outra coisa que eu faço, é usar o Twitter. Eu acho que, se você segue uma grande variedade de pessoas e políticos no Twitter, você acaba exposto a muitas opiniões de lados diferentes.

No Brasil, eu vejo os principais jornais, mas não todos os dias. Eu acho que no Brasil eu dependo mais do Twitter do que de outras coisas. Mas Folha eu leio, eu tenho o Globoplay aqui, eu recebo muitos e-mails de newsletter, que têm links de matérias de diversos veículos, e eu também escuto alguns podcasts.

Gosto do Foro de Teresina, da revista Piauí. É bem variado, mas acabo dependendo mais das mídias sociais.

Nos Estados Unidos, quais são os principais estigmas que o jornalista e a área da comunicação carregam?

Para pessoas de direita, jornalistas são desonestos e socialistas – esse mesmo conceito que existe no Brasil. Mas não acho que há muitos estigmas. Provavelmente, tem o estigma de não ganhar muito dinheiro. Mas não sei se é estigma ou verdade, né? (Risos).

Quem é jornalista, se quer sair para jantar com um amigo banqueiro, tem que falar para o amigo: “A gente não pode ir a esse restaurante, é muito caro”. Mas eu acho que o jornalista nos Estados Unidos é respeitado. Com exceção de pessoas realmente de direita, que não compartilham esse respeito.

Essa ideia de que o jornalismo é um mercado difícil e que os profissionais são mal remunerados é forte. Você poderia falar mais sobre como é essa questão questão financeira aí?

É sempre igual, ok? Algo que é ruim no Brasil, é sempre pior do que aqui, mas aqui também é ruim. A gente fala de violência policial contra os negros. Black Lives Matter, Vidas Negras Importam, tudo isso.

É ruim aqui, é pior no Brasil. Eu acho que tem 80 mil coisas que você pode dizer que são ruins nos Estados Unidos, e se são ruins nos Estados Unidos, são piores no Brasil. Não em tudo, né, mas… No jornalismo é a mesma coisa.

Jornalista não ganha tão bem aqui e não ganha tão bem no Brasil. Só que não ganhar tão bem no Brasil, é pior do que não ganhar tão bem aqui. Acho que isso é óbvio. A economia é diferente.

Se você pudesse indicar jornais ou sites americanos de notícias para estudantes de jornalismo que estão interessados em aprender inglês, quais você indicaria?

Sobre aprender inglês, a dica que eu sempre dou é: ouça os podcasts da National Public Radio. Porque é o inglês mais correto que você vai ouvir e também é super interessante.

Por fim, Seth, fale um pouco sobre o atual momento da profissão e deixe uma mensagem para os estudantes que sonham em entrar nesse mercado no futuro próximo.

Não sei se posso falar do jornalismo do Brasil, acho que eu não consigo falar o que vai acontecer. Eu só sei que é um momento difícil.

Tem muito otimismo aqui [nos EUA] porque a gente tem muitos veículos novos, muitos veículos digitais, que estão se especializando em alguma coisa e que recebem dinheiro filantrópico. Eu sei que dinheiro filantrópico não é tão disponível no Brasil (risos).

Se você é jovem, como vocês são, nos Estados Unidos parece que a profissão vai sobreviver. Outra coisa, é que tem os podcasts também. Dá pra pensar otimistamente. Muitos podcasts aqui ganham dinheiro, muitas pessoas escutam podcasts e qualquer pessoa pode fazer um.

Até vídeos no YouTube: tem jornalismo de qualidade no YouTube. Nem tanto, mas tem. Não é tão legal pra quem tem a minha idade, porque esses lugares ainda não pagam muito bem. Quando você é jovem, você consegue sobreviver com menos dinheiro. Eu espero que aconteça a mesma coisa no Brasil.

Algo positivo que eu posso dizer é: quando você é jornalista, você não tem que se preocupar que o que você faz na vida profissional não importa nada. Obviamente todo mundo sabe que a comunicação é muito importante. E também – bem, depende de onde você trabalha – é uma vida muito interessante. É uma vida estimulante.

Eu acho que a gente não percebe, ainda novo, que nossos amigos de outras profissões vão morrer de tédio nas profissões deles. Se você é médico há 30 anos, você está fazendo a mesma coisa há 30 anos. Se você é jornalista há 30 anos, você está fazendo coisas diferentes a cada ano desses 30 anos. Acho que isso é uma grande diferença.

Na minha opinião, duas profissões que mudam sempre, e que estimulam sempre são: jornalista e professor universitário, que você consegue fazer a sua própria pesquisa.

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