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Como a pandemia impacta o trabalho de jornalistas?

Imagem meramente ilustrativa via Unsplash / @markuswinkler

Jornalistas exercem um papel fundamental na sociedade democrática e cumprem função relevante na divulgação de informações com ética, transparência e imparcialidade.

Em função do Dia Nacional do Jornalista, celebrado na última terça, 7 de abril, é justo e necessário homenagear profissionais que honram a profissão e mantêm seus compromissos com o interesse público.

Desde o início da pandemia do novo coronavírus, há cerca de um mês, muitas foram as mudanças pelas quais passaram as rotinas e o trabalho dos jornalistas brasileiros.

A repercussão e o questionamento à credibilidade das informações compartilhadas pelos veículos tradicionais de mídia, como televisão, rádio e impressos, tem colaborado para colocar os jornalistas sob suspeita por parte da população. Por outro lado, mobilizações de apoio à prática profissional também aparecem com muita força e tendem a dar novo fôlego à cobertura cotidiana do novo coronavírus.

Autoridades sanitárias e institutos de pesquisa têm dedicado amplo esforço de levantamento de dados estatísticos a fim de alimentar profissionais jornalistas com informação clara e verídica sobre a Covid-19.

Cabe aos jornalistas, então, estarem atentos à clareza das informações e à credibilidade do conteúdo. Além de combater possíveis cenários de histeria coletiva, esses cuidados são essenciais na conscientização de todos sobre o papel de cada um no enfrentamento da pandemia.

Tempos conturbados para jornalistas

Com grandes desafios vêm grandes responsabilidades. O jornalista, em meio à pandemia, passa a encarar uma variedade maior de possibilidades de atuação na carreira – cada uma delas possui um papel fundamental na conscientização da população sobre a doença.

O cenário jornalístico

Com a suspensão de campeonatos esportivos – e mesmo das Olimpíadas, adiadas para 2021 – profissionais antes dedicados a editorias específicas passam a estar disponíveis para atuarem também na cobertura de saúde e ciência, por exemplo.

Nessa batalha, a informação corretamente apurada é uma das principais armas e o jornalista é responsável pela checagem e divulgação. Correspondente do Esporte Interativo, Marcelo Bechler, graduado na PUC Minas, ressalta a relevância da notícia bem apurada:

O importante nunca é chegar primeiro, mas chegar bem.

Marcelo Bechler

Embates de jornalistas contra a desinformação

Edilene Lopes, jornalista e repórter da Rádio Itatiaia, destaca a importância da profissão dos jornalistas no momento turbulento que a COVID-19 instaurou no mundo:

A informação é a principal arma para combater esse mal. Os jornalistas devem se sentir muito importantes e essenciais. Estamos na linha de frente, como diversos outros profissionais, levando informação até a casa das pessoas e não paramos de sofrer inúmeros ataques, que têm acontecido há muito tempo.

Edilene Lopes

De fato, o fenômeno das fake news só vem se agravando nos últimos anos no Brasil. Nesse cenário, vemos o jornalista agindo na linha de frente pelo esclarecimento das informações, para combater notícias falsas.

Mas durante a pandemia, qualquer informação, mesmo vestida com roupagem de notícia séria, precisa passar por rodadas de checagem e confirmação antes de merecer crédito. Falta à população se atentar a isso e valorizar o trabalho de apuração dos jornalistas. Em geral, não é isso que acontece: é muito mais comum ver pessoas curtindo, comentando e até compartilhando notícias sem saber se são verdadeiras.

A dificuldade da profissão em meio a pandemia

Ao olhar para o futuro, os jornalistas devem abraçar sua missão de informar com ainda mais responsabilidade. Não se deve ter medo de apresentar os piores cenários, com base no conhecimento científico disponível, mas também devemos expandir tais cenários com alternativas que indiquem caminhos e esperanças a sociedade.

Confira outros depoimentos sobre como jornalistas estão lidando com a rotina na pandemia, no Instagram @colabpucminas:

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