As mudanças climáticas avançam sem que sejam tomadas medidas suficientes para minimizar os danos causados à Terra e aos seres vivos, em um cenário cuja palavra “mudança” já não parece ser suficiente para retratar o que vivemos. Crise do clima, emergência climática ou catástrofe ambiental são termos que indicam a urgência das atitudes necessárias à nossa sobrevivência. Não temos mais tempo a perder.
O aumento da temperatura, a degradação da natureza e a destruição de populações por eventos climáticos ameaçam a vida no Planeta de forma indiscriminada. Os últimos sete anos foram os mais quentes da história, segundo apontou o relatório o Estado do Clima Mundial em 2021. O cenário dramático revelou altas concentrações de efeito estufa, acidificação dos oceanos, aumento do nível do mar e da temperatura, entre outros efeitos nefastos.
As alterações climáticas vão além de um Planeta mais quente e ameaçam o cotidiano de populações em todo o globo, inclusive de brasileiros. As enchentes e deslizamentos ocorridos recentemente em Pernambuco, devido às fortes chuvas, já resultaram em 100 mortes, até o dia 31 de maio. Esse cenário revela o despreparo governamental em lidar com a realidade de um Planeta com intensas transformações do clima.
Diante dessa emergência climática, é necessário compreender as questões que cercam essas alterações, e exigir políticas públicas eficientes para minimizar as consequências. É de responsabilidade do Estado garantir a vida e, para que isso seja possível, é essencial um meio ambiente preservado, um desenvolvimento socioeconômico equilibrado e justo, que dê a todos condições de sobrevivência.
A pressão que os jovens realizaram, durante a COP 26, para a ocorrência de debates ambientais, revelou a força e importância da juventude em se empenhar pela temática. A ativista socioambiental Greta Thunberg tornou-se voz para uma juventude que já percebe sua existência ameaçada. Mas ainda há muito para se avançar diante do contexto emergencial.
Por isso, no semestre 2022/1, quatro equipes de estudantes de Jornalismo da PUC Minas, matriculados na disciplina Laboratório de Jornalismo Digital, dedicaram-se ao longo de todo o semestre a desenvolver um dossiê com reportagens especiais sobre as Mudanças Climáticas. Abordando os temas do racismo ambiental, da mobilidade urbana, da preservação dos oceanos e da ocupação do solo em Belo Horizonte, as equipes entrevistaram especialistas que ajudaram a contextualizar, explicar e propor soluções para nossos problemas mais urgentes relacionados à crise do clima, e também personagens que já sofreram ou sofrem cotidianamente os efeitos nefastos das escolhas individualistas e destruidoras do Planeta, em escala local e global.
Ao longo da semana, a série de quatro reportagens será publicada aqui no Colab. Neste Dia Mundial do Meio Ambiente, deixamos um convite: acesse as páginas, leia e compartilhe as reportagens. O jornalismo é fundamental para mudarmos o presente e o futuro – e seu apoio é necessário para que as vozes de nossos entrevistados ecoem mais longe.
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