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Foto de Bakhtiyar Ibragimov / via Unsplash

Comércio de Natal impulsiona vendas em Belo Horizonte e região

Produtos natalinos e presentes impulsionam vendas nesta época do ano e economia tende a subir

Com o calendário cada vez mais perto do final de ano, os comerciantes de lojas físicas e feiras se preparam para vender produtos de Natal para atender clientes que desejam dar presentes e movimentar a economia na cidade. Vários produtos natalinos entram em estoque nas vitrines, incentivando os consumidores a comprar e encantar a vida das pessoas nesta época.

Assim que dezembro se aproxima, os comerciantes se preparam para organizar as estantes e decorar com decorações, enfeites e produtos festivos. Com isso, vem a expectativa de boas vendas. Em relação a chocolates, Ana Beatriz Morelli vendedora da loja Brasil Cacau, em Lagoa Santa, região metropolitana de Belo Horizonte, concorda: “Os clientes veem no chocolate uma opção que agrada a todos e que tem um excelente custo-benefício”. Ela conta que o movimento se torna considerável na loja a partir do quinto dia útil, impulsionado pelo pagamento do 13° salário. Segundo a comerciante, os clientes procuram por caixas de bombons, kits com tabletes e trufas para presentear pessoas próximas ou a si mesmo. Cestas de panetones também são procuradas a partir de 10 de dezembro. “As vendas corporativas aumentam muito nesse período, pois as empresas querem presentear os colaboradores com panetones e cestas”.

Relação econômica

Andre Braz, superintendente do Instituto Brasileiro de Economia (FGV/IBRE), destaca a importância das festas para o comércio e pelo preparo da demanda para esta ocasião, pois a produção aumenta, assim como a geração de empregos e a distribuição de renda.

Empregos temporários também melhoram a qualidade de vida e dão condições de famílias conseguirem comprar seus presentes de Natal ou botar as contas em dia.

“Sabe aquele emprego temporário que uma pessoa arrouba ali para agosto, setembro, exatamente para dar conta das encomendas de Natal? Esse emprego acaba criando o efeito multiplicador na economia, porque quando você ganha um salário, você acaba consumindo em produtos e serviços e isso garante o emprego de outras pessoas, né? Então, as festas, elas são um motor importante para a economia, porque a indústria precisa se preparar para isso, e o comércio também”, Andre Braz, economista.

Em Belo Horizonte, no Natal de 2024, os tíquetes médios aumentaram 8% no valor de R$ 291,89 em relação à 2023, segundo levantamento da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL-BH). As vendas nas lojas subiram para 2,04% ao ano e 54,04% dos comerciantes disseram estar satisfeitos com o desempenho obtido.

O economista comenta que, com a diminuição do desemprego, a economia tem se movimentado e crescido através do investimento público e os gastos da União em produtos e serviços, gerando emprego e renda e garantindo que famílias comprem os presentes que desejam. Isso tem relação com o aumento do comércio, principalmente nas festas de fim de ano.

O espírito natalino do comércio

Na noite de Natal, onde as famílias se encontram, fazem a ceia e distribui presentes entre si. Além das pessoas, o comércio também é “presenteado”, com resultados positivos em relação às vendas de fim de ano e satisfação dos consumidores, fazendo o início do ano seguinte financeiramente estável.

O fim de ano é uma das festividades que mais vende chocolates no segmento da Ana Beatriz na loja, perdendo apenas para Páscoa. O motivo do aumento, segundo ela, tem sido pelo espírito de Natal que envolve agradecimento e comemorações. Além disso, os ganhos salariais como décimo terceiro salário e comissões, aumentando o poder de compra da população para adquirir presentes de fim de ano.

O comércio também atraí turistas do Brasil e do mundo que passam o natal aqui, Andre comenta que Natal, Réveillon e as proximidades do Carnaval são positivos para o setor de prestação de serviços e os shoppings lotam de gente nesta época do ano. O setor hoteleiro é que mais arrecadada recursos estrangeiros no país e os turistas aproveitam para comprar em comércio local. No Natal, quando o assunto é comércio todos ganham presente.

Vinícius Bussolotti

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