Mariana BrandãoCom foco em temáticas de impacto, Bruna Suptitz se destaca no Jornal do Comércio. Ela atua na construção de visibilidade para a causa ambiental por meio do jornalismo. Nascida em Tapejara, na microrregião geográfica de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, ela tem 33 anos e é jornalista por formação. Atualmente, também atua como âncora da Band News FM e no Pensar a Cidade, projeto criado por ela no Jornal do Comércio.
Trajetória acadêmica
Antes de ingressar na faculdade, Bruna Suptitz se formou no magistério de educação infantil e anos iniciais. Ela conta que ingressou na área por influência da família. “Comecei a fazer o magistério por tradição de família mesmo, pois sempre tive em mente fazer Jornalismo.”
Segundo ela, o desejo veio de uma experiência que viveu na escola. “Lembro de quando eu estava na quinta série, a professora desenvolveu um projeto chamado caderno de reportagem, e nesse trabalho eu consegui aprender pontos da área jornalística, Então, por meio dessa atividade, eu desenvolvi o desejo de fazer o curso.”
Em 2010, conseguiu ingressar na faculdade dos sonhos. Como bolsista, iniciou a graduação na PUC RS. A jornalista conta que começou a fazer estágio desde o início do curso.
No início da faculdade eu pensava em atuar na área do Jornalismo Político. Por isso, fiz estágios na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, na Prefeitura e em emissora de TV.
– Bruna Suptitz, Jornalista
Recém-formada, conseguiu ingressar no sindicato dos jornalistas do Rio Grande do Sul. Em 2016, conquistou uma vaga para a cobertura eleitoral municipal em Porto Alegre, no Jornal do Comércio. Lá ela permaneceu na editoria de política até o fim de 2018, quando recebeu prêmios de destaque. Entre eles está o primeiro lugar no Prêmio de Jornalismo da Justiça Eleitoral, concedido em 2019 pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul.
Após as eleições daquele ano, decidiu sair do ramo da política, por conta das mudanças de cenário político à época e, segundo ela, também pelo fato de ser uma área “pesada” para se trabalhar.
Em 2020, recebeu um convite para retornar ao Jornal do Comércio. Ela aceitou a proposta e decidiu dar uma “nova chance” às pautas de política.
Durante a pandemia, Bruna Suptitz se reinventou e migrou para a editoria de cidades. Em 2021, após o processo de transição, ela foi chamada para trabalhar em um programa local da Rádio Band News FM, onde permaneceu até 2022. Na rádio ela atuou como comentarista, no espaço Pensar a Cidade.
“Entrei na faculdade com bolsa do governo e durante a graduação precisei pegar muitos ônibus para me locomover. Então sei falar com propriedade, na rádio, sobre as dificuldades enfrentadas no dia a dia pelos passageiros de ônibus da cidade (por exemplo).”
Projeto “Pensar a Cidade”
Bruna, que não estava mais interessada em cobrir pautas de política, resolveu apresentar uma proposta para o Jornal do Comércio para trabalhar com o tema de cidades. “Eu tinha interesse em acompanhar um assunto que eu gostasse, e para fazer isso eu tinha que apresentar uma proposta’’.
Pensando nisso, a jornalista criou o projeto ‘Pensar a Cidade’, no qual ela faria coberturas relacionadas ao planejamento e desenvolvimento urbano, com conteúdos especializados. Após apresentá-lo e ter algumas conversas com a equipe, o projeto ganhou uma coluna no jornal, que já está há 4 anos em vigor.
A gente conseguiu mostrar que sim, as pessoas têm interesse em saber disso.
Bruna Suptitz, jornalista
Ela conta que acabou se tornando referência no assunto, já que outros veículos de imprensa locais não fazem isso. Também acrescenta que ser uma especialista no assunto é um diferencial, porque ela acaba se envolvendo muito além da pauta.
Meio ambiente: reciclagem
A jornalista criou uma página adicional na coluna ‘’Pensar a Cidade’’ para tratar de temas ambientais. Ela fez um curso à distância em Oxford, sobre mudanças climáticas, para orientar jornalistas sobre a cobertura desse tema, na qual conseguiu aprender como informar isso para o público.
A colunista tinha muito interesse em falar sobre reciclagem, em que enxerga muita relação ambiental e climática dentro desse assunto.
Eu não posso dizer que eu quero a Floresta Amazônica em pé, se eu não estou preocupada com o destino do plástico que eu consumo’.
Bruna Suptitz, jornalista
Tragédia no Rio Grande do Sul
A sulista vivenciou de perto a tragédia ocasionada pelas enchentes no Rio Grande do Sul, em maio deste ano. Ela explica que em sua vida pessoal não teve perdas, mas que, em sua vida profissional, encontrou diversos desafios.
O mês de maio foi muito intenso para todos os jornalistas daqui, com o desafio de apurar as informações da tragédia, levar informação e serviço de maneira ágil e comprometida, e junto a isso desmentir Fake News, que foram muitas
Bruna Suptitz, Jornalista
Bruna Suptitz relata sobre as principais pautas que trabalhou, durante a tragédia. “Meu envolvimento se deu muito em explicar sobre as mudanças climáticas para novos públicos, pois participei da programação Band TV e Rádio Bandeirantes, além do espaço que já tenho na BandNews. E para o Jornal do Comércio, além do meu espaço, no qual tratei de questões históricas e o impacto do planejamento urbano em Porto Alegre, também entrevistei especialistas sobre o impacto do aquecimento global em situações como a que estamos vivenciando aqui”, explica.
Um pensamento a ser lembrado
Bruna Suptitz, com seu trabalho e paixão pelo meio ambiente, é uma voz crucial na defesa das causas ambientais de cidade. Sua sensibilidade em olhar a cidade além das pautas cotidianas faz dela uma jornalista diferenciada. Através de seu trabalho, Bruna não só informa, mas também mobiliza a sociedade a agir em prol de um mundo mais engajado ecologicamente.
Conteúdo produzido por Beatriz Torres, Hannah Andrade e Millena Alves sob supervisão da professora e jornalista Fernanda Sanglard na disciplina Apuração, Redação e Entrevista e edição digital pela monitora Mariana Brandão.
Colab PUC Minas
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