Por trás da casca de um OVO existe uma vida, e por trás de um espetáculo existe treino, dedicação e amor pelo que se faz. O novo show do Cirque du Soleil estreou a turnê pelo Brasil e ficou até o dia 17 de março em BH.
E que tal dar uma espiadinha de como tudo é preparado até o resultado final?!
Já parou pra pensar em quantas pessoas trabalham por trás de um espetáculo? De como é feito o treino dos atletas? E que para colocar você dentro da história muito estudo é realizado?
Pois é, muita coisa acontece das paredes da arena para trás.
O espetáculo OVO traz para o público mineiro a oportunidade de acompanhar de perto a magia das cores, o contorcionismo impressionante e as acrobacias de tirar o fôlego do show dirigido pela brasileira Deborah Colker, primeira mulher no comando de um show da companhia.
“É o mundo dos insetos que estamos criando. Quando fiquei sabendo do tema achei um máximo! E logo começamos a estudar os insetos e ver, até por microscópio, seus movimentos e suas formas de agir”, conta Aruna Bataa que representará a aranha branca no espetáculo.
Ela ainda completa que trabalhar com a Deborah é fantástico. “Ela vende dança, mas ela não quer que a gente dance. Ela quer que a gente se movimente. E isso que é o mais maravilhoso! É uma troca de experiências”.
Foto: Maria Eduarda Faria
São 100 pessoas de 17 países diferentes trabalhando para levar cada espectador ao mundo dos insetos. Chegou a hora de entrar no reino desses animais e ver de outra forma cada curva, cor e jeito que esses seres apresentam.
“É um prazer imenso estar no Brasil de novo. Ser o técnico principal de um show criado por uma brasileira é muito emocionante”, relata o brasileiro Emerson Neves.
Foto: Maria Eduarda Faria
Inspirado na cultura brasileira, o espetáculo OVO traz em suas melodias muito forró, baião, samba reggae e frevo. São 6 músicos e uma cantora, e metade deles são brasileiros.
O percussionista Marquinho Da Luz é baiano e conta que jamais imaginaria voltar ao Brasil, depois de 3 anos, fazendo esse show. “Eu já sonhei muitas coisas, mas nunca imaginei que isso fosse acontecer na minha vida. Está sendo o momento mais importante da minha carreira”, completa.
Para Marquinho, o Cirque du Solei é uma grande escola. Uma escola da vida. “Estar convivendo com pessoas de diferentes culturas é fenomenal! Eu já era fã do circo, agora então… Realmente é um prazer estar aqui com artistas excelentes e que amam o que fazem. Eu me considero uma pessoa de sorte”.
São duas horas de show que conta a história de uma comunidade que vivia normal, até a chegada de uma mosca azul com um ovo nas costas. Com muitas cores, luzes e animação, a novidade é vivida pelos artistas de forma encantadora.
Ah, e é claro que os maravilhosos figurinos, que fazem total diferença, não são produzidos sozinhos. A espanhola e chefe de figurino do OVO, Mar Gonzalez Fernandes, conta um pouquinho como funciona a criação e a produção das vestimentas.
Foto: Maria Eduarda Faria
“O espetáculo foi pensado no mundo dos insetos, nos mínimos detalhes. Para isso, a gente viaja com mais de mil peças (roupas, chapéus e sapatos). São dois caminhões só para os figurinos”.
A equipe de Mar conta com mais três profissionais, da França, Austrália e Coréia. “A ideia são roupas contemporâneas e ao mesmo tempo fiéis aos insetos”, afirma a figurinista.
O Cirque du Soleil encantou os mineiros até o dia 17 de março, no último domingo.
Foto: Maria Eduarda Faria
Produção: Ana Laura Alcântara, Bárbara Guerra, Camila Carvalho, Laís Politi, Lorena Campos e Maria Eduarda Faria.