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Urban Art: atual, mas além do seu tempo

A Urban Art de Fernando nos últimos anos ganhou muita visibilidade por ter características marcantes e individuais. O fotógrafo e artista iniciou sua arte no ano de 2010, mas apenas em 2019 se tornou um trabalho independente. A Urban Art é patenteada por Priamo, vem chamando a atenção de muitos colecionadores e já foi exposta em galerias nacionais e internacionais.

Fernando Priamo, artista e editor de fotografia do jornal  Tribuna de Minas  há 21 anos, passou a ter suas produções divulgadas internacionalmente a partir de sua arte urbana, que ele mesmo define como “uma arte fotográfica contemporânea que está além do seu tempo e que tem em sua essência a paleta de cores e a dramaticidade dos artistas renascentistas italianos. Sendo uma nova composição e forma de  ressaltar sua técnica”. Os movimentos socioculturais e as cores presentes nos centros urbanos também são uma individualidade na obra de Priamo. O artista fez um estudo de diversos pintores e artistas renascentistas, mas continuou as suas obras sem perder a essência da fotografia.

A Urban Art surgiu em 2010, mesmo ano em que Fernando viajou para a Itália. Em uma visita à Galleria Degli Uffizi, se deparou com o quadro da Medusa, do pintor italiano, Caravaggio. “Fiquei perplexo com a obra”, confessa, e esse momento foi o pontapé inicial para criar o seu próprio estilo de  arte urbana. Assim, suas obras  são compreendidas através de sobreposições fotografadas de uma mesma imagem, explorando traços comuns do período da renascença.

Chuteiras expostas no Museu da Fifa em Zurique, na Suíça, foram inspiração para Urban Art de Fernando Priamo / Reprodução proibida
#PraTodosVerem Par de chuteiras marrom, pé esquerdo sobre o pé direito, bem gastas. Na foto há uma moldura preta digital com o escrito "Fernando Priamo". O fundo é colorido com tons de vermelho e bege e a chuteira parece estar dentro de um recipiente de vidro/vitrine.

Apenas em 2019 a Urban Art se torna independente. “A arte se descola do seu artista e ganha vida própria”, perfaz Fernando. As obras começaram a ganhar além das galerias, muitos colecionadores, uma vez que a arte não está mais vinculada somente ao artista, devido à leveza e ao trabalho robusto a ponto de ter uma grande quantidade de quadros feitos. Em 2012, o processo artístico ganhou espaço nos grandes centros da Itália, Estados Unidos, Paris e atualmente em Dubai. “Esse é o grande momento que todo criador espera, quando sua obra se desvincula de seu nome e ele vira um mero espectador dela”, conta Priamo.

As obras de Fernando Priamo ocupam  exposições em galerias importantes, como a 1340Gallery, localizada em Weert na Holanda. O artista tem grandes pretensões para o futuro, espera que sua arte possa ser ainda mais reconhecida e que sua arte continue sendo atual, “Daqui a 50 anos, espero que a minha obra continue sendo uma obra do presente”, afirma.

Conteúdo produzido por João Pedro Lima e Marcos Paulo Oliveira, estudantes de jornalismo da PUC Minas
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