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Encontro Marcado com a Literatura Mineira

Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais

Lagoa da Pampulha, Mercado Central, Praça do Papa, Mineirão… esses são alguns dos destinos de Belo Horizonte mais lembrados por turistas e pelos próprios moradores. Além dos conhecidos e frequentados lugares, há também opções alternativas para quem gosta de se aventurar. A combinação entre literatura e lazer parece ser uma boa escolha.

Lugares que misturam história, cultura, leitura e curiosidades na histórica região Central da cidade, cada um à sua maneira. Desde uma pequena livraria aberta a partir da metade do século passado até estátuas de famosos escritores mineiros que impressionam pelo realismo.

Aos interessados, a rota literária está oficialmente inaugurada.

Livraria Amadeu: memória viva da literatura em BH

“O homem muda o mundo. O livro muda o homem. O livro muda o mundo”. Trabalhando em livraria desde a adolescência, Lourenço Carrato Cocco acredita no poder de transformação da leitura. Ao lado do irmão Amadeu, administra o mais antigo sebo de Belo Horizonte, localizado hoje no número 748 da rua dos Tamoios. O empreendimento existe há mais tempo do que os próprios proprietários: são quase oito décadas de história.

Inaugurada em 1948, a Livraria Amadeu está agora sob os cuidados dos irmãos Cocco. A loja foi criada pelo pai – Amadeu Rossi Cocco, ou apenas seu Amadeu, que dá nome ao lugar. O patriarca, falecido em 2009, aos 93 anos, colaborou com a livraria até os últimos dias de vida. “Papai começou a trabalhar em outras livrarias e ficou dez anos aprendendo o ramo, aprendendo a parte interna, para fundar a livraria dele”, destaca Lourenço sobre a dedicação do pai.

Amadeu Rossi Cocco/ Imagem: Lucas de Andrade Moreira e Marcela da Cruz Fernandes

Um dos mais antigos destinos literários de Belo Horizonte tem 40 mil livros no acervo, aproximadamente. As obras são doadas pelos próprios clientes, gratos ao seu Amadeu e à livraria pelo trabalho de quase oitenta anos. “Aprendizado”, define Lourenço a relação de reciprocidade com a clientela. “Tem livros que eu não conheço e, por informação dos clientes, a gente vai aprendendo”, complementa.

Parte da coleção é composta também por trabalhos de novos escritores que buscam a ajuda dos filhos de Amadeu para crescer na cena literária. “Temos que ser úteis à coletividade”, justifica, parafraseando o pai.

As altas estantes abastecidas com prateleiras cheias de livros contrastam com os dois corredores estreitos, que, ao longo das décadas, receberam incontáveis compradores. Entre eles, presenças como a do jurista Paulo Brossard, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e ex-ministro da Justiça, e a do médium Chico Xavier.

Áudio – Lourenço Carrato Cocco:

https://blogfca.pucminas.br/colab/wp-content/uploads/2025/06/Audio-Lourenco-Carrato-Cocco.mp3

Lourenço, junto com Amadeu, entrou nos negócios do pai em 1972, participando de 53 dos 77 anos da livraria. Reconhecendo as mudanças do mercado de livros, admite que a tendência é de os e-books (livros eletrônicos) ganharem cada vez mais espaço no orçamento do leitor. Ele e o irmão se esforçam para acompanhar as novidades. Entre as ações, mantêm uma participação ativa nas redes sociais. Capas de livros são publicadas diariamente no Facebook e no Instagram para divulgar o acervo e atrair a atenção dos seguidores.

Os desafios não desanimam o livreiro. Para Lourenço, a raridade dos livros e o baixo preço são os diferenciais para que o estabelecimento continue a atrair os antigos clientes e, em especial, as novas gerações. Aposentado, aos 67 anos, planeja continuar seguindo os passos do pai. “Ainda há chama para queimar”.

Museu da Cadeira: o design como porta de entrada para a literatura mineira

Quem passa hoje pela rua Gonçalves Dias, no bairro Funcionários, não imagina que uma charmosa casa da década de 1930, agora sede do Museu da Cadeira Brasileira (MuC), foi palco de encontros marcantes que ajudaram a moldar a literatura mineira. Antes de abrigar o Museu, o local era conhecido como Salão Vivacqua, um ponto cultural e literário, onde nomes como Carlos Drummond de Andrade, João Guimarães Rosa e Pedro Nava se reuniam para pensar, conversar e escrever.

O salão levava o nome do proprietário, Achilles Vivacqua, um importante intelectual e incentivador das artes em Minas Gerais. Advogado, jornalista e escritor, era conhecido por promover debates e encontros que aproximavam artistas, pensadores e escritores da cena cultural mineira do início do século XX. O espaço se tornou uma espécie de salão literário moderno, onde ideias eram trocadas livremente e a literatura brasileira ganhava novas formas. “Esse lugar foi um berço do modernismo mineiro”, explica o diretor e curador do MuC, João Caixeta.

O Museu, que, hoje, ocupa esse espaço simbólico, tem como proposta central a valorização da cadeira enquanto objeto de convivência, diálogo e memória. Para Caixeta, a ideia se conecta de forma natural com a tradição intelectual do espaço. “A cadeira é um símbolo. Ela representa o lugar onde se senta para ouvir, para escrever, para refletir. É uma metáfora viva.”

Idealizada inicialmente em 2006, e tirada do papel apenas no ano de 2016, a associação sem fins lucrativos carrega a missão de honrar o passado do antigo Salão. Pensando no futuro, estão sendo planejadas parcerias com a Universidade Federal de Minas (UFMG), que abriga o acervo de Achilles Vivacqua, e com a Academia Mineira de Letras para valorização do espaço por toda a importância histórica. Mais do que preservar objetos, o Museu quer preservar histórias.

A cadeira é um símbolo

João Caixeta, diretor e fundador do MuC

Enquanto prepara novos projetos ao Museu, João Caixeta convida os visitantes a conhecerem não só o design das cadeiras, mas também as histórias, os escritores e os encontros que marcaram as memórias do antigo salão. “Queremos que o Museu seja mais do que um museu de design. Ele pode se tornar um espaço de convivência com a cultura de modo geral”, planeja.

Território Kitutu: sabores e saberes afro-brasileiros

Um empreendimento que combina literatura e boa comida é pouco comum. Mas essa foi a aposta de Kelma Zenaide, remanescente do quilombo de Pinhões, que criou o Território Kitutu. A palavra curiosa que dá nome ao lugar vem da língua Bantu e significa comida apetitosa. O espaço tem a valorização da história e da cultura dos povos negros como principal bandeira.

Nascida em Contagem, Kelma trabalhava no pequeno comércio da família, que vendia apenas salgados fritos e produtos industrializados, como coxinha e salsicha. Em casa a situação era diferente. Quando recebia amigos e familiares, preparava refeições diretamente dos fundos do quintal com técnicas e temperos dotados de ancestralidade. Foi então que surgiu a ideia de criar um novo negócio, questionando-se sobre a falta de estabelecimentos comerciais de gastronomia africana. “Não recebe um nome, foi totalmente apropriada e colocada em um outro lugar”, reflete.

A ideia começou a ser colocada em prática no ano de 2013, mas ainda distante do que viria a se tornar. A empreendedora saiu da cidade natal e se mudou para Belo Horizonte e, através do formato food truck, circulou pelos cantos da capital mineira em uma kombi. O objetivo era apresentar a culinária caseira e típica de seu povo.

Onze anos depois, o negócio, antes móvel, ganhou um endereço: rua Aarão Reis, número 496. Além de fixar o seu empreendimento gastronômico, Kelma Zenaide, graduada em Letras, teve uma outra importante conquista durante o período: a especialização em literatura africana e afro-brasileira. As duas conquistas se tornaram as grandes marcas do Território Kitutu.

No interior do estabelecimento, há uma biblioteca de escritores negros, como Carolina de Jesus, Nei Lopes e Conceição Evaristo. O lugar também celebra lançamentos de livros de autores como Cidinha da Silva, Ricardo Aleixo e Robert Frank. Ainda, são desenvolvidas atividades literárias junto ao público, a exemplo do Clube do Livro. “As pessoas vão discutir, expor a sua visão, sobre o que leram”, explica sobre a iniciativa.

Áudio Kelma Zenaide:

https://blogfca.pucminas.br/colab/wp-content/uploads/2025/06/Entrevista-Kitutu-comprimida.mp3

Em abril de 2025, o Território Kitutu completou um ano de existência com direito a uma extensa agenda de comemorações durante o mês, regada a muita comida e música. A escala de funcionamento prevista é entre sexta-feira e domingo, mas nem sempre é possível manter o local aberto. A ideia é justamente essa.

O Territorio Kitutu é um espaço onde recebo meus amigos e novos amigos, porque as pessoas que não me conhecem vão se tornando amigos também. É um espaço para me sentir tranquila, não é uma obrigação de um comércio, que tem que abrir todos os dias no mesmo horário e fechar no mesmo horário

Kelma Zenaide, fundadora e proprietária do Território Kitutu


“Um espaço democrático”, afirma Kelma. Apesar do público formado, majoritariamente, por membros da comunidade LGBTQIA+, pela população preta e por pessoas ligadas ao setor cultural, como produtores, artistas e escritores, Kelma destaca que o estabelecimento abre as portas para todos os públicos, mas com uma condição: o respeito. “Todas as pessoas são muito bem-vindas a partir do momento que não tenham nenhum tipo de preconceito”.

Monumentos literários: os escritores imortalizados em BH

Monumentos dedicados a grandes nomes da literatura mineira estão espalhados por pontos estratégicos da cidade, como a Praça do Encontro, a Savassi, a Praça da Liberdade e o Parque Municipal. Esculpidas pelo artista plástico Leo Santana, essas obras em tamanho natural e com traços realistas estabelecem um diálogo direto com o público, convidando moradores e visitantes a se conectarem com a história literária de Minas Gerais.

Essas esculturas, porém, não escaparam dos efeitos do tempo e de ações de vandalismo. Algumas delas chegaram a sofrer danos severos, como o caso da imagem de Henriqueta Lisboa, que teve partes destruídas. Para resgatar a dignidade dessas homenagens, a Prefeitura de Belo Horizonte promoveu uma restauração cuidadosa, devolvendo às ruas esse patrimônio simbólico. “Essas estátuas representam um exemplo concreto da homenagem à literatura e à cultura da cidade”, afirma Eliane Parreiras.

Com a revitalização, as esculturas passaram também a contar com placas informativas e recursos digitais acessíveis por QR Code, que oferecem conteúdos educativos em diversos idiomas, ampliando o acesso e o conhecimento sobre os autores retratados.

foto placa com o QR Code/Imagem: Lucas Luckeroth

Praça do Encontro: Carlos Drummond de Andrade e Pedro Nava

Na esquina das ruas Goiás e Bahia, a Praça do Encontro abriga as esculturas de dois grandes nomes da literatura brasileira: Carlos Drummond de Andrade e Pedro Nava. Lado a lado, as figuras sugerem uma conversa permanente sobre a identidade da cidade, a memória e a sensibilidade de uma época. Ambos viveram parte de suas histórias em Belo Horizonte e retrataram, por meio de suas obras, os conflitos e contradições de uma capital que crescia veloz e desordenadamente.

Savassi: Henriqueta Lisboa e Roberto Drummond

Na região da Savassi, dois escritores fundamentais da literatura mineira ganham destaque em esculturas que estão ligadas diretamente com o cotidiano urbano. Henriqueta Lisboa, uma das vozes mais importantes da poesia do século XX, está representada na Rua Pernambuco. A obra foi uma das mais afetadas por atos de vandalismo, perdendo inclusive as mãos e o livro que carregava. A restauração exigiu precisão e sensibilidade para recuperar a integridade da escultura.

Já Roberto Drummond, cronista que retratou com maestria a vida belo-horizontina, está imortalizado na Rua Antônio de Albuquerque, em meio ao vaivém agitado do centro comercial da Savassi. Sua presença ali representa como a literatura permanece viva, circulando pelos mesmos espaços que inspiraram os autores.


Praça da Liberdade: Encontro Marcado

Diante da Biblioteca Pública Estadual, um dos conjuntos de esculturas mais emblemáticos de Belo Horizonte celebra a amizade e o talento de quatro escritores que marcaram a história literária da cidade: Fernando Sabino, Otto Lara Rezende, Paulo Mendes Campos e Hélio Pellegrino.

A instalação remete ao livro O Encontro Marcado, de Sabino, e é composta de figuras dispostas como se estivessem em plena conversa, trocando ideias e lembranças. Após um processo de restauração, as esculturas retornaram à Praça da Liberdade com um brilho renovado, fortalecendo ainda mais a região como polo cultural da cidade.

Encontro Marcado/Imagem: Lucas Luckeroth


Parque Municipal: Lélia Gonzalez e Carolina Maria de Jesus

Dentro do Parque Municipal Américo Renné Giannetti, em frente ao Teatro Francisco Nunes, duas grandes mulheres negras ocupam lugar de destaque: Lélia Gonzalez e Carolina Maria de Jesus. As esculturas prestam uma homenagem poderosa à contribuição de mulheres negras na formação do cenário literário brasileiro.

A escolha do local, que é um espaço democrático, acessível e de grande circulação, contribui para a visibilidade dessas figuras essenciais. “A instalação dessas esculturas em parceria com a sociedade civil é uma ação importante, pois elas representam a diversidade e a resistência dentro da literatura”, afirma Eliane Parreiras.


Academia Mineira de Letras

Seguindo com a rota literária, a Academia Mineira de Letras (AML), além de ser um espaço histórico e cultural de Minas Gerais, torna-se um ótimo passeio para os amantes da literatura.

Fundada em 1909, em Juiz de Fora, cidade da região da Zona da Mata, em Minas Gerais, por um grupo de pioneiros ligados à literatura, a AML surgiu com o ideal de promover a língua portuguesa e a cultura literária mineira por todo o estado. A Academia era composta por doze membros, entre eles escritores e jornalistas, como o intelectual mineiro, Machado Sobrinho, que exerceu o cargo de secretário-geral da Academia por seis anos. As 12 cadeiras eram ocupadas, inicialmente, por Belmiro Braga, Dilermando Cruz, Amanajós de Araújo e outros expoentes das letras.

Em 1915, como um gesto de aproximação ao poder político do estado, os membros da Academia Mineira de Letras optaram por se mudar para Belo Horizonte. Após 28 anos da mudança, foi criada a primeira sede da AML no centro da capital mineira e, na década de 1980, a instituição se instalou na Rua da Bahia, onde permanece até hoje.

O primeiro e único prédio destinado à Academia era, inicialmente, uma clínica e casa do médico carioca, Eduardo Borges da Costa. O local contava apenas com a recepção, alguns consultórios, dois quartos para internação dos pacientes e uma biblioteca, mas foi com a chegada dos membros da AML que tudo se transformou. Em 1926 começaram os projetos para ampliação da residência, acrescentando 44 cômodos, tornando-se ponto de referência de políticos, médicos, poetas e demais que compunham a elite intelectual e política de Belo Horizonte.

Academia Mineira de Letras/Imagem: João Vieira


Foi apenas em 1987 que a Academia Mineira de Letras começou a comandar o local, transformando o que era uma pequena residência de um médico, na primeira sede da AML. Passadas algumas reformas, o prédio se tornou um ponto de referência da arquitetura e memória da cidade. Com dois andares e vários espaços para eventos, o espaço também conta com o Auditório Vivaldi Moreira, um anexo de 1.200 metros quadrados da Academia que comporta um auditório com 120 lugares e diversos salões com capacidade para 350 pessoas.

Atualmente, o local continua sendo um espaço de cultura e tradição, mas busca inovações e se mantém atento às novidades e às complexidades que elas trazem. Para isso, são realizados diversos eventos que expõem autores novos e marginalizados, promovendo um ambiente sem preconceitos, aberto a obras independentes de cor, religião, orientação sexual e para todos os apaixonados pela literatura.


Biblioteca Pública Estadual: Espaço de Encontro e Inspiração

Em frente à Praça da Liberdade, entre as avenidas João Pinheiro e Brasil, está um dos espaços mais importantes para a preservação da cultura e da literatura mineira: a Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, fundada em 1954. É um lugar que promove a educação literária, celebra os autores locais e acolhe diferentes vozes da cultura do Estado.

Segundo dados da Biblioteca Pública, o acervo da instituição ultrapassa 600 mil exemplares, incluindo livros, revistas, jornais, gibis e documentos históricos. O espaço recebe, em média, oito mil visitantes por mês, que podem se estabelecer em qualquer um dos quatro andares de múltiplas possibilidades, incluindo setores como o Braille, a Gibiteca, a sala de escritores mineiros e o tradicional Teatro José Aparecido de Oliveira.

O edifício atual, com projeto original assinado por Oscar Niemeyer e adaptações do arquiteto Éolo Maia, abriga ainda uma galeria com retratos e acervos de autores como Carlos Drummond de Andrade, Henriqueta Lisboa, Murilo Rubião, Fernando Sabino e Conceição Evaristo. Além da sede principal, na avenida João Pinheiro, a Biblioteca conta com um prédio anexo localizado na própria Praça da Liberdade. Por lá, o visitante pode pegar livros emprestados, consultar o acervo geral e estudar individualmente ou em grupo.

Fachada Biblioteca Pública Estadual de Minas Geraus/Imagem: João Vieira e Lucas Luckeroth

A secretária municipal de Cultura de Belo Horizonte, Eliane Parreiras, ressalta o papel estratégico das bibliotecas no estímulo à leitura e na construção da cidadania. “Estes espaços são depositários da memória cultural e histórica da comunidade. Além disso, desempenham um papel importante na promoção da cidadania e da inclusão social”, afirma. Segundo dados da Secretaria, a capital conta com 22 bibliotecas públicas municipais, que, juntas, somaram mais de 100 mil atendimentos apenas no ano de 2024.

A Biblioteca Pública tem forte presença nas iniciativas da literatura atual. Entre seus projetos de destaque está o “Quintas de Leitura”, que promove bate-papos mensais com autores de diversas regiões, e ações de formação para educadores e mediadores de leitura. Outras atividades incluem exposições, lançamentos de livros e oficinas para crianças, jovens e adultos.

A valorização de bibliotecas e espaços de leitura também está prevista no Plano Municipal de Leitura, Literatura, Livro e Bibliotecas (PMLLLB), uma política pública voltada à democratização do acesso à cultura escrita. “Cada biblioteca é um elo dessa grande rede de cidadania, educação e cultura. Preservar e fortalecer esses locais é também afirmar quem somos como cidade”, conclui Parreiras.

Fachada Biblioteca Pública Estadual de Minas Geraus/ Imagem: João Vieira e Lucas Luckeroth

Confira os outros capítulos dessa reportagem especial:

Reportagem produzida por Alessandra Silva, João Victor Gambogi, João Vieira, Lucas Luckeroth e Rinaldo Robson para o Laboratório de Jornalismo Digital, no semestre 2025/1 do curso de Jornalismo da PUC Minas - campus Coração Eucarístico, sob a supervisão da professora Luana Viana.

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