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Anonimato alimenta discurso de ódio nas mídias sociais

Manifestante segura cartaz com a mensagem “No Hate” durante protesto - Tim Pierce

Atacar o saber, queimar livros, destruir bibliotecas, atear fogo em Roma. O fascismo a produção da mentira como solução para a crise do capital” – Darcy Ribeiro, 1995 na Universidade de Brasília (UnB).

A política deixou de ser um tópico de debate exclusivo dos meios de comunicação tradicionais como rádio e televisão, e passou a ser majoritariamente discutido nas mídias sociais. Desde a candidatura do ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2018, o Brasil vive um momento crítico de polarização. A busca por uma identidade extremista tem se tornado cada vez mais evidente entre adolescentes e jovens adultos com o crescimento exponencial do uso das mídias sociais.

Intelectual brasileiro participa de cerimônia oficial e recebe homenagem pública. Arquivo Central da Universidade de Brasília

Para a geração atual, as plataformas sociais são os principais canais de comunicação para se integrar sobre os acontecimentos da política e para expressar opiniões. A revista Central Periférica da USP, analisou e estudou o assunto, mostrando que as redes sociais se tornaram “espaços de discussão política, criando um debate em que muitos podem dar sua opinião.” Esse acesso direto e sem intermediários permite que as pessoas formem opiniões, participem de debates e, em vários casos, se organizem para protestos e campanhas.

Isso, de certa forma, alimenta esses discursos [ódio], esses posicionamentos nas mídias sociais

A insatisfação dos jovens muitas vezes são colocadas nas timelines das mídias sociais como forma de protestar seus pensamentos, ideologias e fundamentos. Porém, o discurso de ódio promovido pela oposição dos governos recorrentes, a falta de responsabilização do que é dito e o anonimato oferecido pela internet são várias das características negativas presentes nas  mídias sociais, conforme defende Homero Nunes historiador, sociólogo e professor:

Nós estamos diluídos em uma quantidade tão grande de pessoas que frequentam essas redes sociais que a sensação de anonimato é muito grande. […] Isso, de certa forma, alimenta esses discursos, esses posicionamentos nas redes sociais.” Homero Nunes.

O fenômeno Bolsonaro 

O ex-presidente Jair Bolsonaro e ex-deputado federal do Rio de Janeiro durante 7 mandatos, usou de estratégias que o colocaram no cargo político mais alto do país. Para Homero, Bolsonaro usou de discursos problemáticos e da vulnerabilidade da oposição para conseguir visibilidade, e assim, tornar-se uma pessoa célebre ao participar de  programas de TV como Super Pop e  Pânico.

As eleições presidenciais de 2018 no Brasil são frequentemente citadas como um ponto de inflexão na política nacional, no qual a estratégia digital provou ser um fator decisivo. O material da Central Periférica da USP aponta que candidatos, com pouca ou nenhuma exposição em rádio e televisão, tradicionalmente considerados elementos cruciais para o sucesso eleitoral, conseguiram ser eleitos, demonstrando a maturidade do ecossistema digital como alternativa viável. A regulamentação da propaganda eleitoral paga na internet, conhecida como impulsionamento, também contribuiu para essa mudança, permitindo que campanhas com menos recursos financeiros na mídia tradicional alcançassem um grande número de eleitores.

Jair Bolsonaro durante pronunciamento oficial em Brasília. – Zuma Press

Um estudo feito por Marina Bichara Faria Coelho, formada na Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas, analisou a campanha de 2018 do ex-presidente Jair Bolsonaro no Twitter, oferecendo uma visão detalhada de como as redes foram usadas de forma estratégica. O estudo categoriza as táticas empregadas: gerar engajamento para ampliar o alcance e as interações, utilizar a campanha negativa para se diferenciar dos adversários e divulgar propostas e posicionamentos.

Uma análise da Agência Pública também sugere que as ações de Jair Bolsonaro se baseiam em um “manual” que replica a estratégia de Donald Trump nos Estados Unidos. A articulação é descrita como transnacional e deliberada, exemplificada pela relação entre o filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro, e o ideólogo da ultradireita americana Steve Bannon.  

O discurso é um componente central das estratégias de Trump e Bolsonaro. Comentadores apontam que o discurso “agressivo” de Trump tem se associado ao aumento de sua popularidade.

 A hostilidade contra a imprensa é uma tática central. O ex-presidente americano e o brasileiro ecoaram, segundo o historiador Federico Finchelstein, em conversa com o no The Intercept Brasil, a aversão nazista à “imprensa liberal”, acusando a mídia de ser “desonesta” e “hostil”. O objetivo dessa estratégia é descredibilizar a informação verificada, com os eleitores se tornando dependentes do ecossistema de desinformação criado pelos líderes. 

A relação entre Eduardo Bolsonaro e Steve Bannon formalizou a transferência de estratégias da ultradireita americana para a brasileira. A estratégia visa manter um “estado de tensão permanente” pós-eleitoral que pode erodir a confiança nas instituições democráticas. A relação entre Steve Bannon e a família Bolsonaro solidificou-se em 2018, ano da eleição de Jair Bolsonaro à presidência. Em agosto daquele ano, Eduardo Bolsonaro conheceu pessoalmente o estrategista em Nova York, descrevendo a conversa como uma “união de forças contra o marxismo cultural”. Para Bannon, o contato com o filho do então candidato representava o “coroamento de um plano” que ele concebera há anos: o de ter influência direta sobre a presidência do Brasil. 

No estudo “A ideologia de Steve Bannon”, Jeffrey Alexander, explora um episódio político de extrema importância para o cenário brasileiro. A “guerra cultural” (termo citado na obra) é uma estratégia de mobilização e polarização, que utiliza retóricas fortes e simplificações para criar espaços de batalha nas redes sociais.  A disputa se dá no campo ideológico, envolvendo valores, crenças e normas, com o objetivo de minar consensos e legitimar a violência política. A base ideológica dessa estratégia, particularmente na extrema-direita, é a teoria da conspiração antissemita do “marxismo cultural,” que alega que forças de esquerda secretamente conspiram para destruir os valores ocidentais e cristãos

A retórica de Bannon demonstra a adaptabilidade da estratégia. Após a derrota eleitoral, o foco mudou da deslegitimação do voto para a legitimação da revolta. Ao chamar os protestos de “Primavera Brasileira”, ele ofereceu aos apoiadores de Bolsonaro uma narrativa global e heróica para justificar suas ações, dando-lhes um propósito maior do que a simples derrota eleitoral. Essa retórica serviu como uma “licença de ação” para os radicais. Ao enquadrar o movimento como parte de uma “guerra” global, ele reduziu a percepção do risco das ações antidemocráticas e insuflou a “revolução fantasiosa” que culminou em 8 de janeiro.

Uma pesquisa da Universidade do Sul da Flórida demonstrou que parte das publicações feitas nas redes sociais antes e durante os ataques de 8 de janeiro de 2023  veio de usuários registrados nos Estados Unidos, especialmente em Orlando e Miami.  O estudo concluiu que redes de desinformação para além das fronteiras de um país traçaram um paralelo claro entre o que aconteceu em Brasília e a invasão do Capitólio americano em 6 de janeiro de 2021.

Após os eventos de 8 de janeiro e as subsequentes condenações, a pauta da anistia ganhou relevância no Congresso Nacional. A Câmara dos Deputados aprovou a urgência do projeto que visa conceder anistia aos acusados e condenados pelos atos, um movimento apoiado por parlamentares alinhados a Jair Bolsonaro. O projeto, PL 5064/2023, de autoria do senador Hamilton Mourão, busca anistiar aqueles envolvidos nos crimes definidos nos artigos 359-L e 359-M do Código Penal, relacionados aos eventos em Brasília. No debate, o senador Flávio Bolsonaro defendeu uma anistia “ampla, geral, irrestrita e imediata”. O tema se tornou um ponto de alta polarização, com manifestações de apoiadores defendendo a anistia e a oposição se posicionando contra. 

A nova geração política: vulnerabilidade e busca por identidade a partir do discurso de ódio

A formação da identidade jovem passa hoje pela adoção de narrativas coletivas que, muitas vezes, fornecem explicações simples para problemas que são considerados complexos. Entre essas narrativas, os ideais extremistas ganham cada vez mais força. Um conjunto de crenças autoritárias, ultranacionalistas, e hierárquicas que remetem direta ou indiretamente  ao facismo e ao nazismo. Essa atração não se dá apenas pela estética visual, mas por discursos que prometem ordem, pureza e um “sentido de pertencimento” capaz de preencher vazios existenciais.

Segundo Vilma dos Santos, psicologa comportamental, a rebeldia comum à adolescência é um terreno fértil para a adesão a idéias radicais, e os algoritmos potencializam essa inclinação. A lógica da radicalização migra do virtual para o cotidiano, afetando diretamente a convivência e o ambiente escolar, à medida que os jovens expressam ativamente as posições que consomem online.

Além disso, a cooptação da juventude por meio do ambiente digital ultrapassa o simples, consumo de conteúdos. em entrevista ao portal Sic Notícias a Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, ressalta que a convergência entre os  jovens com as posições extremistas é uma tendência que já se poderia observar nas escolas, não estando mais “circunscrito às redes sociais”. 

Especialistas em educação, como Filinto Lima, e Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), apontaram uma competição quase que desleal entre as instituições de ensino e as mídias sociais pela formação de identidade dos jovens. Plataformas como TikTok, X e Instagram são apontadas como os principais espaços de lazer e consumo de informação para essa faixa etária, uma dinâmica que tem contribuído para o avanço de discursos da extrema-direita. 

Na Europa, por exemplo, uma pesquisa revelou que 46% dos eurodeputados da extrema-direita na França, Itália e Alemanha têm presença no TikTok. Hoje, no Brasil, o YouTube tem um papel central, sendo que em 2018 foi notada a tendência da plataforma em recomendar canais de extrema-direita e que defendiam práticas de desinformação.  

O engajamento da extrema-direita entre os jovens está associado, em parte, ao funcionamento das plataformas digitais. A pesquisa de Renato Meirelles do Instituto Locomotiva destaca que a lógica dos algoritmos se baseia na polêmica e “retroalimenta um pensamento mais radicalizado”. Conteúdos com pautas contra o feminismo, a comunidade LGBTQIA+ e imigrantes têm alcançado milhões de visualizações e likes.  

“As democracias enfrentam um dilema urgente: avançar na regulamentação e controle da Inteligência Artificial com coragem e eficácia, ou continuar a responder tardiamente, enquanto uma nova geração é seduzida por máquinas que oferecem sentido, pertença e redenção… ao serviço do ódio.” Diogo Alexandre Carapinha, Consultor e sub-coordenador do VisionWare Threat Intelligence Center

A crescente das inteligência artificiais  também tem mostrado um papel crucial neste processo, multiplicando e automatizando discursos. Diogo Alexandre Carapinha, consultor e sub-coordenador do VisionWare Threat Intelligence Center, fóruns como o 4chan e o Telegram abrigam bots treinados com material neonazista e teorias da conspiração, que reforçam bolhas de informação e podem radicalizar grupos específicos. Através do que foi dito por Diogo em conversa com Extra, a comunidade incel, por exemplo, é alvo de um “algoritmo da misoginia” em plataformas como Reddit e Discord, onde a IA automatiza e amplifica conteúdos misóginos, transformando a comunidade em uma “ameaça mais sofisticada e menos visível”. 

A popularidade de influenciadores digitais, que têm o apoio de jovens, principalmente rapazes , é um fator relevante. A visibilidade de suas mensagens contribui para a legitimação de determinados tipos de conteúdo. No Brasil, políticos como Fernando Holiday, Kim Kataguiri e Arthur Mamãe Falei, que ascenderam no meio digital, são exemplos dessa dinâmica. A rede de apoio a Jair Bolsonaro, em particular, utilizou o YouTube como a plataforma mais recomendada até 2020, evidenciando a adoção de uma “gramática audiovisual” para se comunicar com sua base de apoiadores.  

Nikolas Ferreira  se tornou, de forma extremamente rápida, uma figura central na direita política. Além da presença massiva nas redes sociais, que o projetaram como um dos deputados mais midiatizados,  ele também acumula episódios públicos que ilustram uma estratégia discursiva agressiva e de confrontação. Em plenário e em vídeos virais, Nikolas já foi repreendido por declarações contra parlamentares trans e sofreu denúncias e processos relacionados a discursos considerados transfóbicos e racistas, que se desdobraram em investigações, ações judiciais e críticas, feitas pelo presidente da Câmara de Deputados Arthur Lira. Essas movimentações não são apenas episódios isolados, e também mostram como um parlamentar usa a exposição online para moldar pautas e mobilizar apoio.

Ao mesmo tempo, a trajetória institucional do deputado revela um fenômeno quase que paradoxal. Eleito e com cargos importantes, inclusive a presidência de uma comissão da Câmara, Nikolas opera tanto nas arenas formais da política quanto no ecossistema informal das plataformas digitais, onde campanhas e vídeos virais (como a crítica a possível taxação do Pix) ampliaram seu alcance e influência junto a parcelas significativas do eleitorado. Esse cruzamento entre ação parlamentar e desempenho midiático é uma chave para entender por que figuras como ele conseguem impacto rápido na opinião pública. Portal da Câmara dos Deputados

Discurso de ódio: contexto histórico 

Thiago Lara, professor formando em história conta que os regimes nazista e fascista investiram na doutrinação da juventude. A Juventude Hitlerista (Hitlerjugend) e a Liga das Moças Alemãs (Bund Deutscher Mädel) foram organizações obrigatórias para jovens de 10 a 18 anos na Alemanha Nazista a partir de 1939, com o objetivo de treinar crianças e adolescentes nos interesses do regime. Na Itália Fascista, a Opera Nazionale Balilla (ONB), estabelecida em 1926, era um “corpo moral” que visava a “educação física e moral da juventude”, e a participação, embora inicialmente voluntária, tornou-se compulsória.  

Adolf Hitler faz saudação nazista em ato público durante o regime nazista – Creative Commons

No artigo “A educação na alemanha nazista e seu papel na modulação de ideias e comportamentos”, Cleri Aparecida Brandt e Jorge Luís Mialhe contam como essas organizações tinham como objetivo  moldar as ideias e os comportamentos dos jovens. Os meninos eram preparados para serem soldados e futuros membros do Partido, enquanto as meninas eram ensinadas a serem esposas e mães, com atividades focadas em tarefas domésticas e trabalho em equipe. Esses governos buscavam enfraquecer a influência dos pais e da Igreja, incentivando os jovens a relatar o que acontecia em suas escolas e famílias aos seus líderes.  

A doutrinação era centralizada. Os jovens usavam os mesmos uniformes, cantavam as mesmas canções e participavam de atividades paramilitares. A propaganda nazista utilizou meios como rádio, filmes, cartazes e livros, incluindo contos infantis como Der Giftpilz (“O Cogumelo Venenoso”), que ensinava o ódio antissemita, e livros didáticos como Rassenkunde des deutschen Volkes (“Ciência Racial do Povo Alemão”). O fascismo italiano utilizou publicações como “O Tamburino da Juventude Italiana no Exterior” para “fascistizar os italianos emigrados e seus descendentes”. 

Comparação

Ainda há um debate em curso sobre a aplicação do termo “fascismo” aos movimentos atuais. O jornalista Wevergton Brito argumenta que a moderna extrema-direita, encarnada por Donald Trump, é o “fascismo do século XXI” pois “reúne todos os atributos essenciais que encontramos no fascismo clássico”. Por outro lado, o historiador Enzo Traverso conforme explicado (…) o termo “pós-fascismo”, destacando as particularidades e as transformações em relação ao fascismo histórico, como o fato de o capital financeiro não ter o mesmo tipo de apoio aos movimentos atuais como no passado. 

Como as democracias morrem, livro de Steven Levitsky e Daniel Ziblatt, conta que ameaças à democracia frequentemente vêm da erosão de normas informais, sobretudo” o abandono do compromisso com regras básicas de jogo democrático pelos próprios atores políticos”, e não apenas de golpes formais. Discursos que desacreditam instituições, normalizam desrespeito e incentivam a polarização extrema são sinais de alerta, porque corroem mecanismos de contenção que mantêm a convivência política dentro de limites democráticos. 

No caso brasileiro, a combinação entre líderes que exploram rancores e um ecossistema digital que distribui conteúdo em alta velocidade cria exatamente o tipo de “erosão pelas normas” descrita por Levitsky e Ziblatt: quando políticos transformam a contestação em deslegitimação sistemática (da imprensa, do Judiciário, de adversários), isso amplia o espaço para comportamentos anti científicos e anti pluralistas.

A principal ruptura reside no papel da tecnologia. O fascismo clássico dependia de um controle centralizado do Estado e de organizações compulsórias para doutrinar a juventude, com a propaganda sendo vertical e unidirecional. A extrema-direita digital opera de forma descentralizada. A radicalização é facilitada por algoritmos e influenciadores que atuam sem a necessidade de uma estrutura estatal formal. O engajamento é descrito como “voluntário”, atraído pelo “espírito rebelde” e pela sensação de pertencimento a um grupo. A própria base, com o uso de memes e notícias falsas, se torna o meio de propaganda.  

As estratégias de propaganda e mobilização dos movimentos de extrema-direita contemporâneos apresentam paralelos com o fascismo clássico: Liderança e “Mito”: O fascismo clássico, com Mussolini e Hitler, construía um “mito” em torno de um líder “salvador” , com a propaganda nazista usando a imagem de Hitler para construir uma fé inabalável. Da mesma forma, Trump e Bolsonaro cultivam uma imagem messiânica.  

O Observatório Nacional dos Direitos Humanos (ObservaDH) e a Safernet registraram um aumento nas denúncias de crimes de ódio na internet no Brasil. Em 2022, foram registrados mais de 74 mil casos, o maior número desde 2017. O período eleitoral, em particular, é identificado como um “gatilho” para o crescimento do engajamento com esse tipo de conteúdo, uma tendência observada desde 2018.  

O relatório do MDHC indica a vulnerabilidade de diversos grupos, como mulheres, pessoas negras, LGBTQIA+ e jovens, a atos extremistas. O documento sugere a implementação de políticas públicas de “educação midiática” e a responsabilização de “superspreaders” e “fiadores do ódio”.  

A pesquisa indica que a extrema-direita contemporânea adaptou táticas históricas de doutrinação da juventude para a era digital. A principal mudança observada é a transição de organizações controladas pelo Estado para redes digitais descentralizadas, onde algoritmos e influenciadores desempenham um papel central na disseminação de discursos. O engajamento com a juventude é facilitado por uma narrativa que, segundo analistas, utiliza o humor e o sentimento “antissistema” para atrair e manter seguidores. Essa análise comparativa demonstra a evolução das estratégias de mobilização de massas, que hoje se baseiam na lógica das plataformas digitais para alcançar e influenciar novos públicos.

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